Farra eleitoral: Ex-presidente da Petrobras silencia

Dutra não se manifesta a respeito de denúncias (Foto: Arquivo Infonet)

Na semana passada, o diretor corporativo e de serviços da Petrobras, José Eduardo Dutra, teve o nome associado à corrupção eleitoral em citação feita pelo colunista Sebastião Nery, na Tribuna da Internet. Na nota, o colunista garante que o executivo da estatal de petróleo brasileira utilizou a empresa eleitoreiramente na época em que presidiu aquela estatal, entre os anos de 2003 a 2005.

O Portal Infonet tentou falar, sem êxito, com o diretor corporativo da Petrobras. Por telefone, a assessoria de comunicação da estatal informou que Zé Eduardo Dutra teria mandado um recado à equipe do Portal informando que não se pronunciará a respeito dos comentários do colunista.

As informações postadas na coluna Tribuna da Internet estão dividida em duas notas. Na primeira, intitulada “Eduardo Dutra”, o colunista associa o diretor corporativo da Petrobras ao general Dutra e diz que o sergipano só tinha um objetivo quando presidiu a Petrobras: eleger-se senador nas eleições de 2006, quando foi derrotado pela senadora Maria do Carmo Alves. “Sergipe também tem seu general Dutra. Dutra no nome, general na pose”, conceitua Nery.

Mais abaixo, com o título “Triangulação”, o colunista revela que o Dutra sergipano encontrou um meio de burlar licitações na Petrobras usando uma ONG baiana identificada como Colmeia. Contratada pela Petrobras, a Colmeia se responsabilizava pelos serviços e repassava recursos para duas construtoras. E, desta forma, teria direcionados recursos para duas prefeituras administradas pelo PT à época: Aracaju e Japaratuba.

Leia, a seguir, a íntegra das notas publicadas na quinta-feira, 9:

“EDUARDO DUTRA
Sergipe também tem seu general Dutra. Dutra no nome, general na pose. José Eduardo Dutra era presidente da Petrobras em 2003/2004, agia como um prepotente general de 64. Não dava bom dia ao porteiro nem boa noite ao motorista.
Mas isso era problema dele. Cada um é como quer. Ninguém tem nada com isso. O que todos temos é com a maneira como ele presidia a Petrobras, o segundo nome de Brasil, empresa símbolo da alma e da soberania nacional.
Em 2004, amigos e velhos companheiros da Petrobras, líderes sindicais na Bahia, Sergipe e Nordeste, inclusive do PT, me contaram em Salvador coisas que assustavam, porque de repente poderiam até ser usadas pelos eternos e inconformados inimigos da Petrobras, internos e externos.
O “general” Dutra só pensava numa coisa: eleger-se senador em 2006 (já que o candidato do PT a governador seria o prefeito de Aracaju, Marcelo Deda). E para isso o Dutra de Sergipe faz da Petrobras um escritório eleitoral.

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TRIANGULAÇÃO

Já em plena campanha, o “general” Dutra inventou uma maneira de driblar a lei e os regulamentos da Petrobras para dar dinheiro às duas únicas prefeituras dirigidas por prefeitos do PT: Aracaju e Japaratuba.

Para fugir à exigência legal de fazer licitações em toda obra pública, arranjou uma triangulação com uma ONG baiana, a “Colméia”, que recebe o dinheiro, fica responsável pelas obras e repassa para duas empreiteiras também baianas, a Atenco e a Ceman, sem nenhum controle.

O deputado Gilmar Carvalho, do PV, e o vereador Marcelo Bomfim, do PDT, reagiram, denunciaram, mas o “general” Dutra não voltou atrás e continuou com a ilegalidade, como se a Petrobras fosse dele e não da Nação.
Não adiantou nada. Sua candidatura a senador naufragou e ele hoje é diretor corporativo da Petrobras, onde exerce sua principal especialidade – não fazer nada.”

Por Cássia Santana

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