No Dia Estadual do Combate ao Feminicídio, deputados estaduais estiveram à frente de um ato contra a violência doméstica, realizado na praça Fausto Cardoso. Somente no primeiro semestre de 2019, foram notificados 10 casos de mulheres que tiveram suas vidas tiradas por homens com os quais já se relacionaram um dia.
De acordo com dados registrados pela Coordenadoria de Estatística e Análise Criminal (CEACRIM), em Sergipe, já foram registrados 10 casos de homicídio contra a mulher. Sendo, três (03) casos em Aracaju, um (01) em Nossa Senhora de Socorro, um (01) em Estância, um (01) em Umbaúba, um (01) na Barra dos Coqueiros, um (01) em São Cristóvão, um (01) em Itabaiana e mais um (01) no município de Cristinápolis.
Responsável pela autoria da lei de nº 8.375, que instituí todo 29 de julho como o dia de combate ao crime, a deputada Goretti Reis ressaltou a importância de atitudes conjuntas para expansão das medidas protetivas a favor das mulheres. “Se a mulher sabe que o poder público está ali para amparar e protege-la de agressores, ela com certeza terá mais coragem para denunciar”, afirma.
Também esteve presente no encontro, a advogada e vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da OAB, Valdilene Oliveira. “A gente precisa de respeito e desconstrução nessa educação misógina e sexista em que o menino pode tudo e a menina não pode nada. Se os homens fazem parte do problema, obrigatoriamente, devem fazer parte da solução”, disse.
Ronda Maria da Penha
Desde março deste ano a Ronda Maria da Penha atua contra os casos de feminicídio no município de Estância. De acordo com a comandante Fabíola Góes, em quase cinco meses de atuação o serviço já visitou mais de 300 mulheres e, atualmente, presta assistência para 80 mulheres da região.
“A gente percebe que as mulheres estão se tornando mais seguras e percebemos ainda que há uma diminuição desse tipo de crime em Estância, justamente pelo aumento das denúncias”, diz. Segundo a comandante, a Ronda possibilitou que cinco prisões fossem efetuadas por descumprimento de medida protetiva na região.
Fabíola afirmou ainda que a Polícia Militar de Sergipe tem trabalhado para que a Ronda seja estendida para outros municípios o mais breve possível, como uma forma de fazer com que mulheres de outras regiões também possam se sentir seguras.
por Juliana Melo e Aisla Vasconcelos
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