Ao anunciar a reforma administrativa, o governador Belivaldo Chagas (PSD) descartou a possibilidade de privatizar a Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), assim como também descarta uma possível privatização do Banco do Estado de Sergipe (Banese). E ainda admitiu a carência de servidores públicos efetivos em vários setores da administração estadual, mas se limitou a assegurar que no primeiro momento o Governo se concentrará para fazer concurso público para preenchimento de vagas apenas na Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema).
O governador não antecipou detalhes sobre o concurso público da Adema. Mas justificou, informando cerca de 90% dos servidores que atualmente atuam na Adema são pessoas que exercem a atividade com cargo comissionado ou servidores cedidos de outros órgãos. Apesar de extinguir 900 cargos comissionados, o governador pretende mantê-los, em sua maioria, para atender às necessidades do Estado e ficará com 2.163 comissionados que representa 1,8% da folha de pagamento dos salários dos servidores ativos, conforme o governador. Atualmente, segundo revelou, há 3.063 cargos comissionados na administração estadual. O corte provocará uma economia de algo em torno de R$ 10 milhões anuais.
Segundo o governador, o Estado perdeu cerca de 12 mil servidores, a partir de aposentadorias e pedidos de demissão do serviço público, mas o número não foi reposto. No entanto, em decorrência da escassez de recursos e dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal quanto aos gastos públicos com pagamento de salários, o Governo deixará a realização de concurso público para os demais segmentos para outro momento, pensado ao longo dos quatro anos de governo.
Abertura de capital
Apesar de afastar qualquer possibilidade de privatização em seu governo, Belivaldo Chagas admite que a Deso necessita de novos incentivos para evitar o desperdício de água e se mostrou aberto a parcerias com a iniciativa privada para fomentar ações que possam evitar transtorno para a população com a falta de água e com o desperdício do precioso líquido, especialmente no interior do Estado.
Belivaldo Chagas se surpreendeu com o desperdício provocado por vazamentos que frequentemente estão ocorrendo no interior. Há cerca de duas semanas, conforme informou em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira, 4, ele mesmo ouviu reclamações de moradores do município de Simão Dias decorrente da falta de água e dos vazamentos. Ele próprio tomou a iniciativa de solicitar a interferência de um motociclista para percorrer a cidade e identificar os vazamentos. Em um único dia, segundo contabilizou, foram identificados 62 pontos de vazamento de água na tubulação que passa pela cidade.
Coisas desta natureza ele quer combater com as medidas que pretende implantar na gestão da Companhia de Saneamento, sem ter que privatizá-la. “É importante buscar parceria público privada para reduzir a perda de água que a gente produz, que é muito grande”, diz. Para Belivaldo, a alternativa também seria abrir a empresa para o mercado de capital disponibilizando ações, medida que seria tomada para tornar a Deso mais ágil e eficaz na prestação de serviços.
Por Cassia Santana
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