Governador e o TCE: ‘cada macaco em seu galho’

Jackson: respeito às instituições (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

O governador Jackson Barreto (PMDB) admite que a crise econômica em Sergipe é antiga e que não recebeu das mãos do ex-governador Marcelo Déda as finanças saneadas. “Não recebi as finanças saneadas porque ninguém saneou nada”, declarou nesta quarta-feira, 23, no momento em que visitava as obras de reforma e ampliação do Centro de Convenções.

Ao tomar posse no Tribunal de Contas do Estado de Sergipe no dia 14 deste mês, o futuro presidente Clóvis Barbosa sugeriu a interferência do TCE para buscar a raiz da crise por meio de auditoria técnica na administração direta e colocou a equipe da corte de contas à disposição do governador para realizar o trabalho. Mas Jackson resiste, apesar de reconhecer como “válida” a sugestão. “Todas as sugestões são válidas. Agora, não se pode interferir na seara de cada um. É preciso que os poderes se respeitem e as instituições também, cada macaco no seu galho”, resumiu.

Jackson Barreto garantiu que o estado, com equipe própria, já está realizando a auditoria que já identificou a origem da crise. Ele cita a redução dos repasses dos recursos do FPE [R$ 35 milhões a menos], queda de 9% do ICMS e de 7% dos royalties, uma contabilidade, segundo o governador, que acumula uma redução de receita no patamar de 50%.

Jackson: lealdade a aliados

Um problema que o governo vem enfrentando desde sempre, segundo o governador. “Mas eu tinha que falar todo dia que a situação está assim para poder enxovalhar a memória de Marcelo Déda? Não”, reage. “Segurei o barco da forma que Deus me deu as condições”, comentou, alertando que não divulgou antes para manter a fidelidade política que sempre cultuou entre os aliados. Ele explicou que o ex-secretário da Fazenda lhe comunicou, ainda em 2013, no primeiro momento que ele assumiu o governo em substituição a Marcelo Déda, que, já naquele junho, o estado não tinha recursos para pagar a folha de pagamento.

A alternativa para buscar solução para o problema, conforme revelou, Jackson Barreto encontrou substituindo o então secretário, fato que, à época, foi comunicado ao ex-governador em uma viagem que o próprio governador fez a São Paulo para visitá-lo.  “Mas não vou chegar aqui e dizer que foi Déda. Todo mundo sabe que Déda sempre foi um homem honrado, ético. Agora, a situação levou a esse nó na administração”, disse.

Por Cássia Santana

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