Reunião com cúpula da SSP após dados que Sergipe é o Estado mais violento (Foto: ASN) |
O governador Jackson Barreto se reuniu com a cúpula da Secretaria de Segurança Pública para discutir ações de combate à violência no estado. O governador afirmou que está indignado com os resultados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que colocou Sergipe como o mais violento do país. Também participaram da reunião, o vice-governador Belivaldo Chagas e os secretários de Governo, Benedito Figueiredo, e da Comunicação Social, José Sales Neto. A reunião ocorreu no Palácio de Despachos.
O governador anunciou que vai definir um calendário de convocação para, a partir de janeiro, começar a chamar os excedentes dos concursos da Polícia Civil e da Polícia Militar. Jackson Barreto disse que depois de 20 anos foi feito concurso para esses dois segmentos da polícia e o governo já chamou 150 policiais civis e mais de mil militares, ultrapassando o número de vagas do edital do certame.
Ele afirmou que está estudando as condições financeiras do Estado para melhorar a Gratificação de Atividade Extra Policial e o valor da hora extra dos policiais militares para estimular o empenho da corporação nas ações de enfrentamento à violência nas ruas. O governador informou, ainda, que já se encontra na Assembleia Legislativa um projeto de Lei que estabelece a promoção dos policiais militares através da Progressão por Tempo de Serviço, o que também vai melhorar o salário da corporação.
Outra medida importante acertada durante a reunião é a entrega, no dia 25 de novembro, de um novo presídio para desafogar as delegacias. A administração do novo presídio ficará a cargo de uma empresa terceirizada. “Precisamos acelerar o processo de inauguração dos presídios e, para tanto, estamos contando com o descontingenciamento dos recursos do Sistema Penitenciário pelo Governo Federal. Na próxima segunda-feira, estaremos recebendo o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, em Sergipe, quando vamos tratar desses assuntos”, acentuou. O governador também quer a volta, o mais rápido possível, dos presídios com sistema semi-abertos.
Também ficou acordado na reunião, a instalação de um Fórum para se discutir ações de enfrentamento à violência com a sociedade civil organizada. “Vamos convidar os diversos segmentos da sociedade para discutir maneiras e ações de enfrentamento e combate à violência. O governo precisa saber o que a sociedade pensa e sobre como devemos agir para combater a violência”, reforçou.
“Não queremos contestar os números do Anuário. Temos que trabalhar e promover ações objetivas que venham combater a violência em nosso estado. A situação é constrangedora para todos”, afirmou.
“Estamos fazendo um grande esforço, mas a crise não é só nossa. O país está atravessando dificuldades, mas temos que dar uma resposta à sociedade. Essa colocação nos causou vergonha e não podemos lavar as mãos. Temos que parar, pensar, refletir e promover ações objetivas que venham combater a violência e promover a segurança pública”, reforçou.
Fonte: ASN
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