Governo começa a construir 150 casas no Pontal da Barra

(Foto: Secom)

A maior alegria da pescadora Aline Ferreira, de 30 anos, é saber que seus três filhos não precisarão passar pelas mesmas dificuldades que ela quando criança, e que ela mesma poderá ter uma vida diferente da realidade enfrentada por sua mãe durante anos, de acordar no meio da noite com a sua moradia cheia de água, seus poucos móveis e objetos pessoais perdidos, devido ao alagamento, e o desespero de socorrer os filhos às pressas para evitar a perda de um ente querido.

Aline é moradora da comunidade ribeirinha conhecida, anteriormente, como Ilha do Rato, na Barra dos Coqueiros, que sofria com as constantes cheias do rio Japaratuba. Hoje, a jovem mãe de família presencia na localidade, então denominada Pontal da Barra, a construção das 150 casas populares que serão destinadas a sua comunidade, uma realidade que só está sendo possível devido aos esforços do Governo do Estado, junto ao Governo Federal, através da Caixa Econômica Federal (CEF) e apoio da Prefeitura Municipal.

“Tem muito tempo que a gente esperava por isso, porque a gente passou por muita dificuldade aqui. Para nossa saúde também vai ser bom, porque os meninos aqui, nessas areias, pegam muitos germes e lá vai ser tudo calçado, tudo organizado, com água encanada e luz. O povo aqui é só alegria de ter esse sonho realizado. Quando eu receber a minha casa vou chorar de emoção, porque a gente nunca viveu numa casa assim, que nem estão fazendo para gente, tão organizada. Vai ser muito bom, tanto para mim, quanto para os meus filhos que no futuro vão ter orgulho de morar em uma casa muito boa, já que moramos a vida toda em casas assim, de palha, plástico e madeirite”, vislumbra a pescadora.

De acordo com Aline, a população do Povoado Pontal da Barra, reconhecida, desde 2006, como Comunidade Remanescente Quilombola, esperou por mais de 30 anos para realizar o sonho de ter uma casa em condições dignas.

“A gente vive da pesca aqui. Eu mesma sustento toda minha família com uma renda de pouco mais de R$ 600 por mês, quase R$ 300 do que vendo dos mariscos e pescados, R$ 182 do Bolsa Família e às vezes o pai das crianças ajuda com uns R$ 150 quando pode, porque ele não tem emprego fixo. Então, se não fosse o governo, a gente não teria condições de fazer uma casa de tijolos, como estas. Só esse governo está fazendo isso por nós, muitos prometiam, mas só enganavam a gente e hoje em dia o governador  Jackson Barreto vem até aqui, está junto com a gente, junto com o povo, para fazer melhorias para as pessoas mais precisadas”, desabafa Aline.

Quem também comemora a realização deste sonho é a Maria Isailde França, que mora na região com quatro filhos e o marido. “Moro aqui desde que nasci, há 31 anos. Está todo mundo feliz com essas casas. Vamos ter energia, água encanada. Hoje, a gente bebe água do poço ou compramos e tudo vai mudar”, enumera.

Em torno de 20 unidades já estão em construção, do total de 150. A obra segue em fase de execução de terraplanagem, e nas quadras que já estão prontas estão sendo construídas as casas.

“Aqui foi popularmente conhecida como a Ilha do Rato, mas agora é o Pontal da Barra, um nome mais bonito que está à altura da beleza do lugar e das pessoas que vivem aqui. Aqui moram pessoas com dignidade e que merecem o respeito do governo. As casas já estão sendo construídas e em breve darão moradia e dignidade para esse povo. São casas de alvenaria, com ruas, água, energia e calçamento. Isto significa respeito ao povo e responsabilidade do governador, que não pode passar na rodovia, ver uma situação dessas e não tomar providencia para mudar esta situação”, afirmou Jackson Barreto, durante visita a localidade, na última quarta-feira, 06.

De acordo com o presidente da Associação do Território da Comunidade Remanescente Quilombola do Portal da Barra e representante da Coordenação Nacional das Comunidades Quilombolas (Conac), Robério Manoel da Silva, essa é a terceira visita realizada por Jackson ao local.

“Nunca nenhum governante teve essa atenção com a nossa gente. Jackson foi o único que nos ajudou nesta luta e já fez três visitas a nossa comunidade, antes, como vice-governador, depois veio dar inicio a obra e agora veio acompanhar o andamento do projeto, verificar junto à comunidade. Nós só temos a agradecer a ele por este sonho”, conta Robério Manoel.

O projeto habitacional faz parte de um conjunto de ações de diferentes secretarias do Governo do Estado com o apoio do Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal, além das parcerias com a Caixa Econômica Federal (CEF), o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Fundo para Desenvolvimento Regional com Recursos da Desestatização (FRD). O investimento, realizado em parceria com o governo federal, soma R$ 7,6 milhões tem contrapartida do Estado no valor de R$ 3.185.592,39 e prevê a execução dos serviços de infraestrutura, esgotamento, iluminação e abastecimento de água.

Segundo o presidente da Associação Comunitária, o projeto residencial também contou com preocupação ambiental, o esgoto, por exemplo, tem tubulações separadas, a água da chuva, (não poluente) terá um destino diferente do esgoto sanitário que será lançado a 4 mil metros de distância da localidade, na estação de tratamento, visando não poluir o mar. “O projeto teve a preocupação de oferecer o menor impacto possível ao ambiente”, esclarece Robério, que sempre  que possível, acompanha a obra, ajudando no andamento e verificando os detalhes dos futuros lares das 150 famílias da comunidade.

Aos 58 anos, Rosa Maria dos Santos, além da casa que irá conquistar em breve ganhou também um novo motivo para acreditar na melhoria da sua vida e da sua família. “Antigamente, eu não tinha mais esperança e hoje já tenho dentro de mim essa coisa boa. Foram 32 anos sonhando e agora só espero coisas boas, porque isso aqui não é mais um sonho, já está acontecendo”, expõe a moradora.

Rosa Maria que hoje reside na pequena moradia de apenas quatro cômodos com o esposo, uma filha e dois netos passará a morar na nova casa apenas com o esposo, José Fernandes dos Santos, de 60 anos. Já que sua filha também será contemplada com uma das casas do residencial, localizada às margens da Rodovia César Franco (SE -100).

“Aqui está todo mundo alegre, esperando sua nova moradia, as casas estão muito bonitas, eu adorei. A minha vida vai mudar, vou ter uma vida digna e descansada, sem preocupação do jeito que eu tinha antes, com os meus filhos, quando tinha minha casinha de palha lá na Ilha e a água vinha e molhava tudo, molhava as crianças e eu os enrolava no plástico por causa do frio. E hoje eu estou vendo isso, essa construção, graças a Deus e ao Governo do Estado de Sergipe”, recorda Rosa Maria, sem nenhuma saudade da antiga realidade.

Fonte: Secom

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