Impeachment da prefeita Gerana Costa é arquivado em Riachão do Dantas

Gerana Costa continua no cargo de prefeita de Riachão do Dantas (Foto: Facebook)

O processo de impeachment da prefeita de Riachão do Dantas, no Centro Sul de Sergipe, foi arquivado após sessão que durou pouco mais de seis horas neste sábado, 25, na Câmara de Vereadores do município. Gerana Costa era acusada por suposto crime de prevaricação, nomeação de pessoas para cargos inexistentes na estrutura administrativa e frequentes atrasos no repasse do duodécimo [recursos] para a Câmara de Vereadores.

Durante a sessão deste sábado, todas as três denúncias foram votadas pelos onze parlamentares da Casa, mas nenhuma delas obteve o quórum suficiente [dois terços] para ser considerada procedente. Portanto, as denúncias foram arquivadas, assim como o processo de impeachment. A defesa da prefeita comemorou o resultado da sessão. “O que a gente já esperava. Não atingiu a quantidade de votos suficientes. Em razão disso, a prefeita foi absolvida do processo”, frisou o advogado José Benito Soares.

A sessão deste sábado começou por volta das 9h e só foi concluída após as 15h. Alguns moradores do município acompanharam no plenário todas as discussões. O processo de impeachment da prefeita foi aprovado em abril deste ano, pelos próprios vereadores da Casa Parlamentar. A Comissão Processante foi formada pelos vereadores Josenilton da Conceição (PTC), Albertino Franco Souza (Pros) e Eraldo Souza Andrade (PSC), líder da prefeita na Câmara Municipal.

Sessão durou mais de seis horas neste sábado36

Cassação do TRE

Absolvida do processo de impeachment na Câmara Municipal, a prefeita Gerana Costa, no entanto, ainda aguarda julgamento dos recursos impetrados por sua defesa no processo do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SE). Em outubro de 2017, a prefeita e o vice ficaram inelegíveis pelo período de oito anos, contados a partir das eleições 2016, por abuso de poder econômico, nas modalidades abuso dos meios de comunicação e fraude ao processo eleitoral. A Justiça Eleitoral entendeu que houve divulgação de pesquisa judicialmente proibida e em desconformidade com os resultados oficiais das eleições. A defesa recorreu, mas em julho desse ano, o TRE manteve a cassação. Os dois continuam nos cargos enquanto os recursos não são julgados.

Por Ícaro Novaes

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais