Incêndio Câmara: inquérito aponta prefeito como mandante

Padre Raimundo é apontado como um dos arquitetos do crime (Fotos: Arquivo Portal Infonet)

Na manhã desta sexta-feira, 8, três homens foram presos acusados de envolvimento no incêndio da Câmara Municipal de Cristinápolis no dia 12 de fevereiro. A informação foi confirmada pelo delegado Paulo Cristiano, responsável pelo inquérito policial que investiga o caso. Cristiano afirmou ainda que com base na apuração do inquérito e nos depoimentos dos presos, o prefeito Padre Raimundo Silva Leal e seu secretário de transporte, Sandro de Jesus, foram os arquitetos da ação criminosa.

“Diante de toda investigação do inquérito, apuração e depoimentos, podemos afirmar que o crime foi arquitetado pelo prefeito [Raimundo Leal] e o secretário de transporte [Sandro de Jesus]”, disse o delegado. Ainda segundo Cristiano, o processo investigativo entra em uma nova fase, em que todas as diligências são encaminhadas ao Ministério Público. Caso indiciado, o prefeito Raimundo Leal tem direito ao foro privilegiado.

Incêndio em Câmara foi no dia 12 de fevereiro

Os três presos acusados como executores do crime, segundo o delegado, tratam-se de José Erivaldo Arruda de Sobral; Beviraldo Santos da Silva e Israel Maciano do Nascimento. Eles foram encaminhados para a delegacia de Umbaúba e ficam à disposição da justiça.

O Portal Infonet tentou contato por telefone por diversas vezes com o prefeito Raimundo e também com o gabinete da prefeitura, mas em nenhuma ocasião fomos atendidos. Nossa equipe de reportagem permanece à disposição através do e-mail jornalismo@infonet.com.br ou por meio do telefone 2106-8000.

Relembre

O incêndio na Câmara de Vereadores de Cristinápolis ocorreu no dia anterior à votação que decidiria pela cassação ou não do mandato do prefeito Raimundo Leal, com base em denúncias envolvendo irregularidades na administração municipal. O pedido de impeachment contra o prefeito foi aprovado em novembro e, definitivamente no dia 12 de fevereiro, teve mandato cassado após votos favoráveis de nove vereadores em sessão tumultuada. 

Seis dias depois, uma decisão judicial do juiz José Marcelo Barreto Pimenta suspendeu a cassação do mandato do Padre Raimundo e o liberou para o retorno à gestão do município.

Por Ícaro Novaes e Aisla Vasconcelos

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