Incêndio na Câmara: prefeito será investigado

Padre Raimundo: investigado na segunda fase do inquérito (Foto: Arquivo Portal Infonet)

O delegado de polícia civil Paulo Cristiano Ricarte está abrindo novos procedimentos para investigar outras pessoas envolvidas no incêndio criminoso que culminou com a destruição de importantes documentos na Câmara Municipal de Cristinápolis. Nesta nova fase do inquérito policial, conforme o delegado, o padre Raimundo Leal, prefeito do município, e o secretário de transportes do município, Sandro de Jesus, figuram como principais suspeitos como mandantes do crime ocorrido no dia 12 de fevereiro.

O delegado informou que o inquérito poderá ser desmembrado, caso se confirme efetivamente a participação do prefeito no crime. As provas colhidas contra o prefeito serão enviadas para o procurador geral de justiça, Rony Almeida, a quem compete investigar e denunciar o padre, que tem foro privilegiado por exercer cargo de prefeito do município.

As provas contra o secretário municipal de transportes serão anexadas ao inquérito, que já está em fase de conclusão. Neste caso, além dos já indiciados Israel Maciano do Nascimento, José Erivaldo Arruda de Sobral, Desiraldo Santos da Silva e Josivan de Jesus como executores do crime, o secretário, que não possui benefício do foro privilegiado, será incluído no rol na condição de mandante, conforme esclarecimentos do delegado Paulo Cristiano.

No primeiro momento, conforme explica o delegado, a investigação ficou concentrada na autoria do crime, que apontou indícios de participação do prefeito na condição de mandante. “Tivemos prazo de 30 dias para concluir e obter a primeira resposta e, neste primeiro momento, nem o prefeito nem o secretário foram investigados”, esclarece o delegado. “Temos que ter cautela para fortalecer a prova contra estes dois”, comentou. “Esta fase da investigação não impede o andamento do processo criminal contra os outros quatro”, explicou.

O advogado Bruno Novais, que defende o prefeito, estranhou as declarações iniciais do delegado, que apontou o prefeito na condição de suspeito como mandante do crime. O advogado informou que aguardará os desdobramentos das investigações e não tem dúvida da inocência do prefeito Raimundo Leal. “O delegado pode investigar quem ele quiser”, reage o advogado. “O prefeito apoia toda e qualquer tipo de investigação. O prefeito quer que a polícia esclareça tudo, o que não pode é o delegado afirmar o envolvimento do prefeito”, observou o advogado.

Por Cássia Santana

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