Jackson presta contas e diz que está apertando o cinto

Jackson Lê a mesnagem de prestação de contas (Fotos: Portal Infonet)

O governador Jackson Barreto (PMDB) fez durante a reabertura dos trabalhos na Assembleia Legislativa de Sergipe, na tarde desta segunda-feira, 15, a tradicional prestação de contas das atividades realizados no ano passado. Na ocasião, ele destacou que 2015 foi um ano difícil para o Brasil e também para Sergipe, e lamentou os escândalos no campo político. Ele enfatizou que o Estado perdeu R$ 155 milhões em receitas e que com isso “teve que apertar o cinto”.

“Após um longo ciclo de crescimento com inclusão social e florescimento da nossa economia, a crise econômica que aflige o mundo desde 2008 se abateu sobre o nosso país e, como consequência, sobre o nosso estado. De modo mais grave, no plano nacional, associada à crise econômica, uma crise de caráter político originada em lamentáveis episódios de desvios éticos, vem imobilizando a capacidade de superação do país, espalhando incertezas e, mais grave, dando espaço ao surgimento de iniciativas que ensejam atentar contra a democracia. Sou totalmente contrário à tais tentativas”, destaca.

Deputados e secretários de Estado atentos à leitura do governador

Jackson Barreto afirmou que Sergipe também vem sofrendo com a piora nas condições econômicas do país. “Durante o ano de 2015, vimos os repasses federais oriundos do Fundo de Participação dos Estados (FPE), nossa principal fonte de recursos, recuar em termos reais, vertiginosamente, em mais de R$ 150 milhões. Para ser mais exato, o Estado de Sergipe perdeu em 2015, apenas em receitas do FPE, R$ 155 milhões”, afirma.

Apertando o cinto

Falando para deputados, secretários de estado, imprensa e servidores públicos que lotaram as galerias da Assembleia Legislativa, o governador enfatizou: “Numa conjuntura como essa, o Governo teve que, em linguagem popular, apertar o cinto. Começamos cortando na própria carne: reduzimos drasticamente o número de secretarias, saindo de 25 para 18 e extinguimos diversos órgãos; reduzimos o número de cargos comissionados, cortamos gratificações, reduzimos horas extras e recorremos a todos os mecanismos legais ao nosso alcance para enxugar a folha de pessoal”, garante.

Obras

Servidores aocmpanharam das galerias

Ele destacou ainda as obras que estão sendo executadas. “Hoje temos em andamento, mais de 70 grandes obras de infraestrutura em todo o estado. São obras com recursos garantidos, e que vão continuar apesar da crise. Estamos realizando grandes obras de mobilidade urbana em todo o estado, destacadamente em Aracaju. Entregamos o sistema viário do Aeroporto, em que investimos mais de R$ 24 milhões e estamos construindo o Sistema Viário do Centro Administrativo, com um custo de quase R$ 15 milhões”, elenca acrescentando que estão sendo investidos mais de R$ 220 milhões em obras incluindo a ampliação da Orlinha do Bairro Industrial e a reforma e ampliação do Centro de Convenções, além de obras de saneamento básico.

CPMF

O presidente da Assembleia, deputado Luciano Bispo (PMDB), destaca que a parceria entre os poderes Legislativo e Executivo é fundamental. “A Assembleia tem feito um trabalho excelente junto ao governo e entendemos que será um ano de crise financeira, de dificuldades, mas por incrível que pareça, a única solução imediata para a situação é a Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF). É um momento de calma e de somação para que esse Estado seja governado. “É preciso a somação dos poderes para que o Estado de Sergipe possa ser governado da melhor maneira possível”, entende.

A primeira sessão do ano contou com a ausência dos deputados Augusto Bezerra (PMDB) e Paulinho das Varzinhas (PTdoB). Ambos respondem às acusações de possíveis desvios de verbas de subvenção pela Assembleia Legislativa e tiveram os mandatos cassados pelo Justiça Eleitoral, tendo recorrido ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Por Aldaci de Souza