João Alves diz que não vai dar auxílio a “oportunistas”

Prefeito João Alves garante que não vai conceder o auxílio (Fotos: Portal Infonet)

“Ali é um caso atípico. Nós temos que dar assistência ao povo, a nossa população mais pobre. Mas a gente não pode estar tratando bem os oportunistas”. Foi essa a alegação do prefeito de Aracaju João Alves Filho, ao garantir ao Portal Infonet, que a Prefeitura de Aracaju não irá conceder o auxílio moradia as famílias despejadas do prédio conhecido como Casarão, na rua Propriá, em frente a praça da Catedral.

A desapropriação ocorreu no último domingo, dia 31 de maio, e desde então as mais de 100 famílias [incluindo gestantes e crianças] estão no meio da rua com a alegação de que não tem para onde ir.

Segundo o prefeito João Alves Filho, o município já fez a sua parte ao conceder o auxílio moradia às famílias que anteriormente ocuparam o prédio. “Existiam pessoas que ocuparam o casarão do parque Teófilo Dantas há anos. O que eu fiz quando cheguei? Nós a todos demos um auxílio residencial para eles pagarem uma residência. Agora não é justo que saiam os invasores, a gente dê o auxílio moradia e um mês depois invadem de novo e querem que a gente der outro auxílio. Aí é injusto, isso fica um oportunismo, uma coisa que não é justa. Nossa população é pobre, os nossos recursos são limitados e se fizer isso a gente não vai parar nunca”, garante João.

Jeferson Conceição diz que os moradores querem o auxílio ou as casas 

Ainda segundo prefeito, o município irá recorrer a última instância, caso necessário, para não conceder o pagamento. “Eu entendo que pelo menos da prefeitura o salário moradia está fora de cogitação. Nós não vamos fazer isso e lutaremos na justiça até a última instância. Temos o maior respeito pela justiça e o judiciário não está sabendo que já demos, mas cumprimos a nossa parte”, afirma.

Despejados

Os moradores permanecem no local e garantem que estão sobrevivendo de doações. “Estamos vivendo de doações. Disseram que iam botar um banheiro químico aqui, mas nada. A gente não tem para onde ir e quer auxilio moradia ou a casa”, garante Jeferson Conceição Ribeiro.

Prejuízos

Ruan Pablo diz que só houve prejuízos devido a reintegração 

Moradores permanecem despejados 

Os comerciantes da localidade estão indignados com a desapropriação. Ruan Pablo Vulfican, que é representante do proprietário de um dos quiosques situado na praça, alega prejuízo. “Desde o dia que houve a retirada que só temos prejuízos. Não nos avisaram e isso causa prejuízos que são incalculáveis porque mesmo com o movimento fraco, ainda se tinha momento, mas agora não. Muitos têm até medo de passar por aqui”, analisa.

Por Aisla Vasconcelos

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