A semana começou com os brasileiros e brasileiras sendo surpreendidos por mais um aumento no preço do gás de cozinha. Desta vez o reajuste foi de 5,9%. Já é o quinto aumento no ano, o 14º desde o início da pandemia. O deputado federal João Daniel (PT/SE) repudiou o novo reajuste e lamentou que a tão defendida Nova Lei do Gás – a lei 14.134/21 –, sob o argumento de que, uma vez aprovada, um dos benefícios seria a redução do preço do gás de cozinha, o que não vem ocorrendo.
“Aprovaram nesta Casa, sem o nosso voto nem da bancada do Partido dos Trabalhadores, a chamada Nova Lei do Gás que era para reduzir o preço. Não é o que vemos. E não é novidade, o próprio ministro Paulo Guedes disse lá no início do governo que o gás chegaria a R$ 30, R$ 40, baixaria de preço pela metade. E agora temos mais um aumento, quase 6%, mais um peso para o bolso do povo pobre, do trabalhador, que já está pagando mais de R$ 100 em algumas regiões pelo botijão de 13 quilos”, lamentou João Daniel.
O parlamentar acrescentou que muitas famílias não têm de onde tirar esse valor, nessa situação de crise, no meio de uma pandemia, quando muitos tiveram seus salários reduzidos ou estão desempregados e os que recebem o auxílio emergencial tiveram o valor reduzido. “Ficam sem ter de onde tirar, porque não há sentimento humano desse governo e sua equipe”, afirmou.
Com esse aumento de 5,9%, chega-se a um percentual cinco vezes maior que a inflação em um ano. De acordo com João Daniel, essas altas sucessivas do preço do gás de cozinha vêm ocorrendo porque privatizaram as reservas de gás do país e estão entregando aos setores privados. “E a Petrobras que deveria ser controlada pelo maior acionista, que é o governo, não é, porque presta serviço aos acionistas privados. Nosso repúdio ao aumento dos combustíveis e do gás de cozinha, massacrando o povo brasileiro, em especial os mais pobres”, completou.
Covid-19
Em seu pronunciamento durante a sessão remota da Câmara nesta terça-feira, dia 15, João Daniel também prestou sua solidariedade às famílias das quase 500 mil vítimas da Covid-19 no Brasil. Segundo ele, são homens, mulheres, jovens, idosos e crianças vítimas do grande desprezo que o presidente da República comete toda semana, a exemplo do que ocorreu no último domingo, com a “motociata” realizada em São Paulo, sem uso de máscara, causando aglomeração e cometendo infrações de trânsito. “É lamentável!”, declarou.
Fonte: Assessoria Parlamentar
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