“Lagarto não é homofóbica”, diz a deputada Ana Lúcia

Um grande debate sobre violência, homofobia e preconceito contra homossexuais vem sendo travado pela população sergipana, através de redes sociais da internet, desde o pronunciamento feito pela deputada Ana Lúcia (PT) na tribuna da Assembleia Legislativa na última quinta-feira, 12, pedindo agilidade na solução do assassinato do professor Celso Milton Menezes de Oliveira. Nesta semana, o professor de Geografia da Escola Abelardo Romero, que residia e trabalhava no município de Lagarto, foi encontrado despido e morto a facadas em sua residência.

Pela violência praticada contra o professor, a deputada denunciou o crime como mais um caso de homofobia no Estado de Sergipe, mas em nenhum momento Ana Lúcia fez referência ao município de Lagarto como ‘uma cidade homofóbica’. “Lagarto é um município forte e próspero porque tem uma população trabalhadora. Eu acredito que a maioria da sociedade lagartense convive bem com os homossexuais, e os casos de homofobia são isolados”, explica a deputada, apontando que o crime foi cometido por uma única pessoa e de maneira alguma pode servir para estigmatizar o município de Lagarto.

O objetivo do pronunciamento da deputada foi pedir celeridade no combate ao crime da homofobia, que muitas vezes é encoberto por preconceito, e em outras ocasiões não chega a ser solucionado. “Hoje a Secretaria de Segurança Pública tem uma excelente equipe de inteligência, uma equipe bastante preparada, e certamente vai desvendar o crime com rapidez”, avaliou a deputada.

Crime de homofobia

Ao invés de levantar os vários crimes violentos praticados contra homossexuais em Sergipe, a recente discussão sobre o assassinato do professor Celso aponta para a dúvida se a morte configura-se em um caso de homofobia ou latrocínio. A assessoria do Mandato Democrático Popular da deputada Ana Lúcia procurou o representante da Associação de Defesa Homossexual de Sergipe (Adhons) Marcelo Lima para saber como se determina a violência homofóbica. “Todo crime contra alguém por sua opção sexual é um crime homofóbico. Esta é uma maneira de externar o medo e aversão contra o homossexual. Os crimes homofóbicos trazem a marca semelhante da violência. O homossexual é vítima de pauladas, pedradas, facadas. Então a iniciativa da deputada de denunciar mais um caso de homofobia foi muito louvável, porque estes crimes não podem continuar acontecendo sem que tenham a visibilidade merecida”, garantiu o presidente da Adhons Marcelo Lima.

Fonte: Assessoria Parlamentar

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