Manifestantes pedem cassação do mandato de Eduardo Cunha

Movimentos se uniram no centro (Fotos: Ícaro Novaes/Portal Infonet)

Um grupo de estudantes e alguns movimentos sociais realizaram um ato para pedir a cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e saída dele da presidência da Câmara dos Deputados.

Erguendo uma bandeira com a frase “Fora Cunha”, os manifestantes pressionam o Congresso Nacional para que os parlamentares não aprovem o Projeto de Lei 5.069/13, de autoria do deputado, que restringe o direito ao aborto legal e proíbe a venda de medicamentos abortivos no país.

De acordo com a organização, o ato foi idealizado através de um evento na rede social Facebook, onde cerca de mil pessoas estavam confirmadas. A concentração ocorreu às 16h desta sexta-feira, 13, na Praça Fasto Cardoso, em Aracaju. O mesmo ato vem ocorrendo em diversas outras capitais do Brasil.

David: queremos um congresso que nos represente

Na visão de David Libório, um dos organizadores do manifesto, a pressão da juventude é essencial para a formação de um congresso que os represente. “É histórico todo poder da juventude, o que ela significa no sentido de querer um país melhor. Esse é o tipo de ato que mostra o quanto estamos insatisfeitos com o que acontece no Congresso. O Cunha não nos representa e que essa discussão chegue cada vez mais alto para que tenhamos um Congresso melhor”, diz o organizador e integrante do movimento social Levante Popular da Juventude.

Gestante, Larissa diz que escolha de ter filho ou não é da mulher

 Os manifestantes, em sua maioria mulheres, não concordam com o PL 5.069/13 alegando retrocesso nos direitos das mulheres. Portando bandeiras e cartazes, e usando pinturas corporais com dizeres contra o projeto, as mulheres acusam o Congresso de ser onservador e moralista. “A escolha de ter ou não o filho é muitoparticular. Essa decisão não pode ser colocada na mão de um homem, e as pessoas precisam entender que não se governa uma nação com uma bíblia em mãos”, declara a gestante Larissa Alves, que pintou em sua barriga a frase 'até eu nascer, o Cunha cai!'. “Eu sou uma gestante e optei por ter meu filho. Outras mulheres no meu lugar poderiam escolher não ter o filho e isso deveria ser respeitado”, acrescenta.

A manifestação também contou com a participação Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese). Na ótica da vice-presidente, Ivonete Cruz, os deputados deveriam exercer função cada vez mais importante em desmascarar casos de desvios de verbas públicas, mas se preocupam com discursos que, na sua opinião, são moralistas. “A figura do deputado se perde quando portam de discurso de moralismo e falsa conduta, portanto nós estamos aqui nas ruas e aqui permaneceremos na luta pelo ‘fora Cunha’, pela moralização política, pelos direitos das mulheres e homens ocuparem os mesmos espaços”, afirma.

Ivonete: deputado porta discurso moralista e de falsa conduta

Manifestação ocorreu em várias capitais do país

Por Ícaro Novaes e Verlane Estácio

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