Manifestantes protestam contra Bolsonaro e a Reforma Administrativa

Movimentos sindicais, religiosos e sociais realizaram na manhã terça-feira, 7, em Aracaju, o 27º Grito dos Excluídos e das Excluídas. Segundo a organização do evento, cerca de 2.000 pessoas ocuparam as ruas em um ato pela defesa da democracia, pelo “Fora Bolsonaro” e pela vida, saúde, comida, moradia, trabalho e renda.

O protesto foi iniciado no bairro Santa Maria com um ato ecumênico – conduzido pela Iyalorixá Meire de Xangô, pelo pastor Alexandre e pelo padre Givanildo – em frente à Igreja São José e Santa Tereza de Calcutá. Além da caminhada de protesto, o Grito dos Excluídos promoveu arrecadação de 700 quilos de alimentos e roupas usadas em bom estado de  tudo. Os materiais serão distribuídos para a população do Bairro Santa Maria.

“O discurso em defesa da família é uma forma de um governo fascista se apropriar de tradições da religiosidade de um povo e se utilizar disso para oprimir este povo invocar o nome de Deus”, afirmou o pastor Alexandre. “Chega de ditadura neste país, chega de coronéis, chega de escravidão. A dignidade do homem é o seu sustento, é o seu trabalho. O povo brasileiro precisa ter o seu trabalho. Isso é dignidade humana”, completou a Iyalaxé Meire de Xangô.

O padre Givanildo citou a Bíblia. “ Jesus nos pede que possamos abrir a boca de quem não tem voz e não tem vez. O 27º Grito dos Excluídos e das Excluídas quer fazer com que o povo não se cale diante das vidas perdidas com o descaso do governo federal, diante da Amazônia destruída, diante da situação do nosso SUS, vimos a luta de tantos profissionais da saúde, servidores públicos, como eles lutaram para salvar vidas”.

Luta contra a Reforma Administrativa

Sobre a luta contra a destruição do serviço público, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE), Roberto Silva, declarou que a PEC 32, a Reforma Trabalhista, precisa ser derrotada. “Hoje também é dia de fortalecer a luta contra a Reforma Administrativa que vai impactar todos nós que precisamos do serviços públicos e de políticas públicas. Quem precisa de assistência do Estado não pode ficar sem serviço público. A população que passa fome e está desempregada, precisa de alimento. Por isso, fizemos este Grito dos Excluídos solidário. É um grito diferente que tem a responsabilidade de construir esta luta unificada em defesa do bom e do justo e de quem precisa da solidariedade de todos e todas”, revelou Roberto Silva.

Presidenta do Sintese e dirigente nacional da CUT, Ivonete Cruz afirmou que não é tempo de esmorecer a luta por medo do fascismo. “Nossa luta tem que ser cada dia maior e mais forte. Não desistiremos. Não sairemos das ruas. Vamos ajudar nossos companheiros e companheiras. Este Grito dos Excluídos hoje tem uma tarefa de botar pra fora este governo assassino, libertar o povo brasileiro e defender a democracia, a saúde pública, a educação, a vida. A nossa luta é pela vida e pelo fora Bolsonaro”, discursou Ivonete.

Próximos atos

No dia 11 de setembro, o Grito dos Excluídos e das Excluídas vai ocorrer nos municípios de Lagarto e Itabaiana. Já no dia 14 de setembro, haverá um ato a partir das 8h, próximo ao Palácio Olímpio Campos, contra o Reforma Administrativa.

Com informações da CUT

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