Membros da Rede farão filiação em bloco ao PPS, que terá mudanças

Reunião da Rede aconteceu na última terça-feira (Foto: Redes Sociais/Dr.Emerson)

A nível estadual, a Rede Sustentabilidade (Rede) organiza uma migração em bloco dos seus filiados para o Partido Popular Socialista (PPS). A mudança deve acontecer até a próxima semana, quando haverá um ato simbólico de filiação.

A união parte da própria executiva nacional. Por não ter atingido a cláusula de barreira, a Rede ficará, a partir do próximo ano, sem direito a tempo de televisão e fundo partidário. Aqui, o movimento antecipa uma tendência que deve ser confirmada em um congresso a ser realizado em Brasília ainda esta semana.

O presidente da Rede em Sergipe, Dr. Emerson, explicou que o PPS passará por alterações para uma nova composição política. “Não alcançamos a regra da cláusula de barreira, e isso nos impõe dificuldades estruturais. Vai haver uma mudança de nome no partido, de estatuto também, que tem muita convergência com o nosso. Será uma nova sigla. A proposta foi colocada pela executiva nacional e fomos dialogando”.

Será composta, nos próximos dias, os membros da direção estadual do novo partido e a comissão municipal.

Parlamentares

Com as mudanças, a tendência é que na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), na próxima legislatura, o novo partido fruto da união entre Rede e PPS possua quatro parlamentares, empatando com PSC e PSD como as maiores bancadas. “Em Sergipe, atingimos o percentual de votos exigidos pela legislação, mas não a nível nacional. Sabemos é que, até agora, os eleitos pelo PPS ficarão, então teremos aqui na Alese também a futura deputada Kitty Lima (Rede), Samuel Carvalho e Dilson de Agripino”, disse Georgeo Passos (Rede).

Na Câmara de Vereadores, a também haverá quatro parlamentares, a priori: Américo de Deus (Rede), Cabo Didi (Rede), suplente de Kitty Lima, Fábio Meireles (PPS) e Palhaço Soneca (PPS). “Vamos continuar com a independência, isso não vai mudar. A preocupação dentro da Rede é não perder nossa essência. Estaremos em bloco, querendo pessoas coerentes. Se alguém não se adequar, que não esteja por perto”, garantiu Kitty.

Fábio Meireles, um dos membros do PPS, adotou um tom de cautela. “Eu tenho acompanhado de uma forma distante. Enquanto não for provocado, não me posicionarei. Estarei ouvindo muito e falando pouco. Não tenho dificuldade de conversar com ninguém”.

Cláusula de barreira

Pela PEC aprovada pelo Senado no ano passado, a cláusula de barreira é um dispositivo da legislação eleitoral que prevê que, para que os partidos tenham direito a tempo de televisão e a usufruir do fundo partidário, os partidos precisavam ter um desempenho de 1,5% dos votos válidos nas eleições de 2018 para a Câmara dos Deputados, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da federação (9 unidades), com um mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas.

Por Victor Siqueira

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