Ministro garante que vazão não sertá alterada

Ministro,Lobão ouve argumentos de Déda/Foto:  Carlos Humberto Lins
O governador Marcelo Déda obteve nesta quarta, 2, em Brasília, do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a garantia de que seu ministério é contrário a alteração da vazão do Rio São Francisco, como pretende o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A decisão do ministro, interpretou o governador, “representa a vitória da mobilização do Governo de Sergipe”.

O trabalho de articulação feito pelo governador começou na segunda-feira, 31 de agosto, em audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Informado pelo governador das consequências negativas da drástica redução da vazão, o presidente assegurou que nenhuma decisão do governo federal que prejudique Sergipe e Alagoas – estados que compartilham a foz do rio – seria por ele homologada. Logo depois, na terça, 1º de setembro, o governador encontrou-se com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que igualmente encampou o pleito do governador.

“Saio desta audiência convencido que esta é uma batalha ganha, pois o ministro mostrou-se plenamente de acordo com a posição do presidente Lula, que é a de não permitir a alteração das regras do sistema da Chesf [Companhia Hidro Energética do São Francisco], e que traga prejuízo para Sergipe e Alagoas”, concluiu Déda. De fato, durante a audiência, o secretário de Energia Elétrica do ministério, Josias Matos de Araujo, fez explanação técnica sustentando a posição contrária à diminuição da vazão.

Em seguida, o ministro assegurou que a posição de sua pasta é pela manutenção dos atuais parâmetros, ou seja, 1.300 m³/s (metros cúbicos por segundo) como vazão média do São Francisco e 1.100 m³/s como vazão mínima. Esta última hipótese, no entanto, somente quando houver risco à geração de energia elétrica para o Nordeste em períodos de seca.

Prejuízos

O pleito do governador em todas as audiências foi respaldado por uma nota técnica elaborada sob a coordenação da Casa Civil sergipana, que expõe os amplos prejuízos com a vazão reduzida. Caso fique menor dos que os 1.100 m³/s estipulados, os prejuízos se estenderão à navegabilidade e à destruição dos perímetros irrigáveis da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Além disso, uma eventual diminuição da vazão tornaria a rizicultura – com peso econômico e social crescente nas margens do São Francisco – inviável e afetaria o abastecimento de água da região metropolitana de Aracaju, no Alto Serão e no Agreste, causando danos também à piscicultura.

Fonte: ASN

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