O presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, se pronunciou nesta segunda-feira, 30, sobre o morte de Genivaldo de Jesus Santos, sergipano que morreu após abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Sergipe. Bolsonaro falou em “justiça sem exageros”, destacou que não se pode generalizar tudo que acontece e que a PRF faz um trabalho excepcional.

O pronunciamento sobre o caso foi dado em Pernambuco, onde o presidente esteve para acompanhar a situação da chuva. Um dos jornalistas questionou o posicionamento de Bolsonaro em relação ao pedido – feito pelo Conselho Federal da OAB – para prisão cautelar dos policiais envolvidos na morte de Genivaldo.

Inicialmente, em resposta ao jornalista, o ministro da Justiça, Anderson Torres, afirmou que enquanto as investigações estiverem em andamento, não há o que falar sobre o caso. “Tanto o processo administrativo no âmbito da PRF, quanto o inquérito policial no âmbito da PF, foram instaurados. Os procedimentos estão acontecendo e a apuração será a mais breve possível. E enquanto não houver a finalização dos processos, não há o que se dizer, não há o que se falar. O que tinha de ser feito pelo Estado já foi feito e agora é aguardar a finalização”.

Posteriormente à fala do ministro, o presidente iniciou lamentando o ocorrido com os policiais em Fortaleza e com Genivaldo aqui em Sergipe e criticou o tratamento dado pela imprensa aos dois casos. “Eu lamento o ocorrido há duas semanas aproximadamente com dois policiais rodoviários federais que, ao tentar tirar um elemento da pista, ele conseguiu sacar a arma de um deles e executou dois. A GloboNews chamou esse bandido de suspeito. E o outro policial, de outra esfera, ao abater esse marginal, vocês realmente foram em uma linha completamente diferente. Então é tratamento isonômico. Vai ser seguido a lei, a gente lamenta o ocorrido nos dois fatos, nos dois episódios, a gente lamenta muito o ocorrido”.

Em seguida, o presidente Jair Bolsonaro elogiou o trabalho da Polícia Rodoviária Federal e afirmou querer justiça sem exageros. “Não podemos generalizar tudo o que acontece no nosso Brasil. A PRF faz um trabalho excepcional para todos nós, nos momentos difíceis. Quando estamos numa pista, geralmente são os primeiros a chegar e proporcionar o conforto. Vamos respeitar a dor de todo mundo, a dor desse momento que o povo de Pernambuco e de Recife sofrem e volta tudo à normalidade rapidamente. A Justiça vai decidir esse caso. E, com toda a certeza, será feita justiça, nós todos queremos isso aí, sem exageros e sem pressão por parte da mídia, que sempre tem lado, o lado da bandidagem. Como lamentavelmente grande parte de vocês se comportam, sempre tomam as dores do outro lado. Lamentamos o ocorrido e vamos com seriedade fazer o devido processo legal para não cometermos injustiça e fazermos, de fato, justiça”, finalizou.

Outro pronunciamento

Na última quinta-feira, 26, um dia após a morte de Genivaldo, o presidente Jair Bolsonaro foi questionado sobre a ação da PRF em relação a morte de um homem de 38 anos em Sergipe e, na ocasião, o presidente afirmou que iria se inteirar com o órgão.

Por Luana Maria e Verlane Estácio