Mototaxistas de Aracaju fizeram um ato na porta da Câmara Municipal de Aracaju na manhã desta segunda-feira, 30, quando representantes da categoria participaram de uma Sessão Especial proposta pelo vereador Fábio Mitidieri (PDT), com a finalidade de discutir projeto sobre a regulamentação da profissão. Um carro e três policiais da Companhia de Choque, além de guardas da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) ficaram nas proximidades, mas a manifestação foi pacífica. Ato na porta da Câmara de Vereadores
Os mototaxistas voltaram a pedir apoio dos vereadores para que aprovem projeto regulamentando a profissão. Segundo o presidente do Sindicato dos Mototaxistas de Aracaju, Irinaldo
Santos Oliveira, já são 652 municípios brasileiros em que a profissão está legalizada. “Em Sergipe são mais de um mil mototaxistas querendo trabalhar legalmente, mas não conseguem por conta do Poder Municipal. É preciso que entendam que fazemos trabalho honesto, que temos filhos para criar e que não podemos ficar nessa ilegalidade”, entende Irinaldo. Categoria registrou presença na luta pela legalização da profissão
O projeto de autoria do vereador Fábio Mitidieri (PDT) regulamentando a profissão foi apresentado ano passado, mas rejeitado em votação no plenário da Câmara de Vereadores de Aracaju. Encontra-se na Comissão de Cidadania e Justiça da Câmara Municipal de Aracaju, que já emitiu parecer negativo.
“Eu recorri e continuo trabalhando para a sua aprovação. Regulamentar a atividade dessa categoria aqui é fazer valer o desejo de 76% da população que aprova e é usuária do mototáxi em Aracaju”, entende o vereador, lembrando que do ponto de vista do Congresso Nacional, a profissão de mototaxista é legal. Irinaldo: “Nós queremos trabalhar legalmente”
“Muitos foram os municípios que aprovaram o mototáxi e foi entendendo que se trata de uma forma de trabalho que o presidente Lula sancionou em 29 de julho do ano passado a regulamentação da categoria. Um ano depois, mototaxistas aracajuanos continuam a atuar sem a aprovação da prefeitura. Eles são pais de famílias e precisam trabalhar. Se há falhas no transporte coletivo, é preciso adotar alternativas e o mototáxi é uma delas”, enfatiza Fábio
Mitidieri, lamentando a ausência de um representante da Prefeitura de Aracaju na Sessão Especial. Fábio Mitidieri: “Ausência da SMTT demonstra descompromisso”
“A ausência da SMTT talvez demonstre o descompromisso do orgão com a categoria. Lamento profundamente não ter um representante do executivo municipal para que argumente com números e dados o motivo da não regulamentação destes profissionais”, disse destacando o uso do motaxímetro, que já existe em outras capitais para proteger os cidadãos que utilizam esse serviço.
Por Aldaci de Souza