Moura: ‘investigado por ser agressivo com corrupto’

André Moura no momento do interrogatório (Foto: reprodução video Câmara dos Deputados)

O deputado André Moura (PSC/SE) ainda não foi notificado pela Procuradoria Regional da República (PGR) como alvo de novas investigações relacionadas à Operação Lava Jato. Mas ele já sabe o teor do procedimento contra ele e outros parlamentares da bancada federal, que tramita na PGR em Brasília. Para o parlamentar sergipano, a investigação está relacionada ao tratamento “duro” por ele dispensado a investigados na Operação, convocados para prestar depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras, da qual Moura é sub-relator.

“Estou sendo investigado porque fui agressivo com corruptos”, diz Moura, numa referência a oitiva dos réus na Câmara dos Deputados. André Moura e outros oito políticos [três, além de Moura, exercem mandato de deputado federal] estão acusados de atuar em conjunto para achacar a família Shahin, que controla a empresa do mesmo nome acusada de fraudar contratos com a Petrobras.

Os cinco executivos da Shahin foram convocados para prestar depoimento na CPI da Petrobras e nada responderam. Moura demonstrou indignação com o comportamento dos réus e até sugeriu que o silêncio se caracteriza como “desrespeito” ao Parlamento e ao povo brasileiro e que seria “prova inconteste” da participação da família Shahin no esquema de corrupção. “Era para tratar com flores, cafezinho e puxar o tapete verde da Câmara dos Deputados para recepcioná-los?”, reage Moura.

Segundo André Moura, os deputados que compõem a CPI da Petrobras não possuem envolvimento com a corrupção. “Estou sendo investigado porque fui agressivo com corruptos, não entendo mais nada”, repete. O deputado explica que, por este mesmo motivo, está sendo investigado o deputado Altineu Côrtes (PMDB/RJ). Enquanto os deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP) e Manuel Júnior (PMDB/PB) responderão ao processo na PGR por terem apresentado o requerimento pelo depoimento dos executivos da Shahin à CPI da Petrobras.

Carlos Eduardo, Milton, Salin, Rubens e Pedro Henrique Schahin compareceram à CPI em maio do ano passado, amparados por um habeas corpus concedido pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal. E disseram apenas que permaneceriam calados, atendendo orientação dos advogados.

Por Cássia Santana

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