MPE diz que prisões pretendem reaver valores desviados

Jarbas Adelino: "Essas pessoas emprestram nomes para lavagem de dinheiro" (Fotos: Portal Infonet)

O promotor do Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público Estadual, Jarbas Adelino detalhou na manhã desta segunda-feira, 18, à imprensa, a denúncia oferecida pelo MPE contra três representantes da Associação Amanova, localizada no bairro Veneza, que recebeu R$ 2 mil e 200 em verbas de subvenção dos deputados Augusto Bezerra (DEM), Paulinho das Varzinhas (PTdoB) e Susana Azevedo (PSC). Desse montante, R$ 940 mil por indicação de Augusto Bezerra. Foram presas na manhã desta segunda-feira, 18, duas pessoas dessa associação: Clarice Jovelina de Jesus e José Agenilson de Carvalho Oliveira. Wellington Luiz Goes Silva está foragido

Ao explicar o porque da escolha da Associação Amanova, o promotor Jarbas Adelino informou que existem 24 procedimentos instaurados no Ministério Público Estadual (MPE), sendo um para cada deputado.

Promotor recebeu a imprensa na manhã desta segunda-feira, 18

“Na verdade essa separação é meramente didática para melhor direcionar a investigação e tentar rastrear os valores que determinado deputado teria indicado para as respectivas associações. Esse caso se refere aos valores destinados pelo deputado Augusto Bezerra, notadamente para a Associação Ama Nova, localizada no bairro Veneza. Mas, não teve uma razão de ser, aconteceu a depender do transcorrer das versões ouvidas, requisição de documentos, sigilo, esse é o caso que está mais maduro”, ressalta.

Prisão

Jarbas Adelino destacou que o Ministério Público pediu a prisão e o Judiciário assim entendeu pela garantia da ordem pública. “Isso para que a gente tente reaver os valores que foram desviados do Poder Público, na ordem de 1 milhão de reais. Essa associação recebeu indicações dos deputados Augusto Bezerra, Paulinho das Varzinhas e Susana Azevedo, no valor de mais de R$ 2 milhões e 200 mil, sendo R$ 940 mil destinados por Augusto Bezerra”, diz.

Ação contra os integrantes da associação

O promotor disse ainda que o MPE ofereceu a denúncia contra essas três pessoas contra os crimes de peculato, lavagem e ocultação de dinheiro, além de organização criminosa. “Nós entendemos que a prisão é absolutamente necessária para que a gente possa reaver parte ou todo o valor que foi desviado, seja através de quebra de sigilos ou outras medidas cautelares que por ventura venham a ser decretadas no curso do processo”, afirma lembrando que outros pedidos de prisão foram feitos ao Judiciário.

Deputados

Quanto às sanções aos deputados, o promotor lembrou que, como se trata de um processo criminal e qualquer deputado estadual goza de foro privilegiado, só pode ser processado junto ao Tribunal de Justiça. “Com isso, nós remetemos cópia do procedimento ao Tribunal de Justiça de Sergipe para que delibere e verifique se há indícios contra o deputado”, explica acrescentando que o processo tem um curso normal com a possibilidade de apresentação de defesa, do contraditório.

Agenilson durante depoimento em audiência do TRE/SE no último dia 14 de abril

“É um processo um tanto complexo, não deve ser tão rápido, mas nós acreditamos na agilidade do Poder Judiciário e que a gente obtenha ao final, um provimento condenatório. A prova que há na verdade para o pedido de prisão dessas pessoas é a comprovação de que esses valores foram efetivamente repassados, não foram utilizados na atividade até porque praticamente a associação não funciona e a aprova de que esses valores foram desviados, não se sabe o destino, mas que foram desviados, a gente não tem a menor dúvida”, reitera enfatizando que os representantes da Associação do bairro Veneza, ‘emprestaram nomes, microempresas e contas bancárias para a lavagem de dinheiro’.

Por Aldaci de Souza

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