|
Promotora Míriam Tereza: "Pais devem estar sempre alertas" (Foto:Portal Infonet) |
O enfrentamento à violação dos direitos da criança e do adolescente foi amplamente debatido durante evento alusivo à 8ª Promotoria dos Direitos do Cidadão, no auditório do Ministério Público Estadual (MPE/SE), na manhã desta quarta-feira, 18. Na ocasião, a promotora de Justiça do Centro de Apoio Operacional da Infância e Adolescência, Míriam Tereza Cardoso, destacou a importância de se avançar no atendimento às vítimas e na responsabilização do agressor.
“Mais uma vez a gente comemora a data do Enfrentamento à Violência Sexual e esse ano a ideia é construir políticas públicas por meio do Sistema de Garantias de Direito [Judiciário, Ministério Público e as Secretarias de Saúde, da Educação, de Assistência Social e da Segurança Pública]. Estamos aqui para enfrentar um problema que é gravíssimo da violação dos Direitos da Criança e Adolescente, principalmente a violência sexual”, ressalta.
A promotora informou ainda a realização de um levantamento sobre o que se avançou e o que tem para fazer. “A gente quer que esse diagnóstico seja balizado por meio de um Plano de Ação para que nesses dez anos a gente possa avançar na prevenção, na promoção, no atendimento e na responsabilização do agressor, esse é o desafio desse ano. Não é só rememorar e dizer que a sociedade junto com todo esse corpo técnico quer enfrentar a violência, mas como é que nós vamos enfrentar”, entende.
Míriam Tereza destacou que a denúncia é importante principalmente quanto ao abuso dentro da família. “É preciso que os pais estejam alertas, que a mãe esteja alerta quando está com um parceiro dentro de casa, que se alertem em relação à escola. A gente precisa descobrir se a criança e o adolescente estão sendo abusados; verificar o comportamento, se estão arredios, não querem receber carinho, toque. Normalmente o abusador coloca a criança no mesmo pé de igualdade dele e ela se sente responsável pelo que está acontecendo. É um sofrimento, por isso a importância do atendimento na área da saúde, mas também na área da assistência, para que as vítimas tenham um desenvolvimento sem sequelas”, alerta.
Por Aldaci de Souza