Não Pago faz novo protesto em frente à Câmara Municipal

Integrantes permaneceram durante a manhã em frente à entrada principal da Câmara (Fotos: Portal Infonet)

Após obter acesso à planilha em que consta o pedido dos empresários do transporte público da Grande Aracaju solicitando aumento da passagem para R$ 3,97, integrantes do Movimento Não Pago foram até a Câmara de Vereadores cobrar dos parlamentares uma posição sobre o assunto. O Movimento solicita à casa legislativa que o projeto que transfere para a Prefeitura a responsabilidade exclusiva de conceder o reajuste da tarifa não seja aprovado. Atualmente o texto está em análise das comissões temáticas da CMA.

Para Demétrio Varjão, integrante do Não Pago, o reajuste tarifário precisa passar pelo crivo dos vereadores, audiências públicas e tribunas livres com a participação de movimentos e população usuária do transporte. “Não se pode transferir essa responsabilidade a uma simples canetada do prefeito. Defendemos o debate público e por isso não queremos que esse projeto seja aprovado”, afirmou.

Atualmente a tarifa do transporte público é R$ 3,10, e a solicitação dos empresários declarada em planilha pede um aumento de R$ 0,87, reajuste visto como abusivo pelo Não Pago. “Aumentaram em quarenta centavos no ano passado e esse ano pedem mais que o dobro do último reajuste, justamente num período de crise, desemprego e em que tudo está mais caro”, brada Varjão.

Demétrio: não podemos deixar que transfiram a responsabilidade do reajuste à canetada do prefeito

O integrante defende a criação de uma Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) para analisar esse cálculo tarifário. “Em 2013 nós fizemos essa análise assinada por economistas que mostravam que a passagem estava superfaturada. É preciso novamente desvendar as suspeitas de fraudes que existem nesse novo cálculo tarifário”, pontuou. Segundo o Não Pago, durante ato desta quarta-feira alguns vereadores se mostraram contrários ao reajuste. O Movimento vai solicitar apoio formal a cada um dos parlamentares.

Setransp

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp), por meio de nota, informou que é preciso aferir a tarifa todo ano, levando em conta os “reajustes anuais em todos os setores”. De acordo com a entidade, o transporte público na Grande Aracaju tem uma defasagem de 29% considerando as tarifa e despesas, e teria registrado uma queda de 14% no número de passageiros entre 2014 e 2016. A sindicato leva em conta também o reajuste no preço do combustível e acréscimo salarial dos rodoviários.

Por Ícaro Novaes

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