Novo presidente brasileiro assumirá oitava economia do mundo e a maior da América Latina
De acordo com ranking organizado pela agência classificadora de risco Austin Rating com base em dados do FMI, o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, do Brasil, a preços correntes, deve alcançar US$ 1,91 trilhão, em 2010, e continuar na oitava colocação. No topo da lista estão os Estados Unidos (US$ 14,79 trilhões), seguidos pela China (US$ 5,36 trilhões) e pelo Japão (US$ 5,27 trilhões). Acima do Brasil, em sétimo lugar, está a Itália (US$ 2,12 trilhões). Segundo essas projeções, que vão até 2015, o Brasil deve permanecer na oitava posição pelo menos por esse período. Entretanto, está prevista uma mudança no cenário em 2015. O Brasil deve ultrapassar a Itália (US$ 2,40 trilhões) ao chegar a US$ 2,59 trilhões. Mas a Rússia irá superar o Brasil ao chegar a US$ 3,06 trilhões. Com isso, será mantida a oitava posição do Brasil. Neste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira teve, no primeiro semestre, crescimento recorde desde o início da série histórica em 1996. Nos seis primeiros meses de 2010, o PIB produzido no país cresceu 8,9% em relação ao primeiro semestre de 2009. O IBGE também divulgou, em setembro, um comparativo do PIB do segundo trimestre de 2010 do Brasil com os dos outros países do Bric (grupo integrado pela Rússia, Índia e China, além do Brasil). O crescimento brasileiro de 8,8% no segundo trimestre deste ano ante o mesmo período do ano passado foi igual ao da Índia, inferior ao da China (10,3%) e superior ao da Rússia (5,2%). A projeção para o crescimento da economia este ano é 7,2%, segundo a proposta de Orçamento para 2011 enviada pelo governo ao Congresso Nacional. Para 2011, a expectativa de analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) é de expansão de 4,5%. A tarefa de manter o crescimento sustentável da economia no próximo governo envolve o controle dos preços na economia. A inflação oficial no país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 4,49% em 12 meses encerrados em agosto, próxima da meta estabelecida pelo governo para este ano e 2011, de 4,5%. Essa meta tem margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, a limite inferior é de 2,5% e o superior, de 6,5%. Cabe ao BC, cujo presidente será escolhido pelo próximo chefe de governo e aprovado pelo Senado, perseguir essa meta de inflação . Para isso, a instituição usa como um instrumento a taxa básica de juros, a Selic, que deve encerrar 2010 no atual patamar de 10,75% ao ano, de acordo com a expectativa de analistas do mercado financeiro. O Brasil que o próximo presidente assumir é o 24º país no ranking dos principais exportadores, segundodéficit em conta-corrente, registro das operações de compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o mundo, ficou em R$ 31,122 bilhões de janeiro a agosto deste ano e deve fechar 2010 em R$ 49 bilhões ou 2,49% do PIB, segundo previsão do BC. Para 2011, a expectativa é que esse déficit suba para R$ 60 bilhões ou 2,78% do PIB. Quando o país tem déficit em conta-corrente, precisa financiar o resultado negativo com empréstimos ou receber investimentos do exterior. O investimento estrangeiro direto no país este ano até agosto foi de US$ 17,130 bilhões, segundo o BC. A expectativa é que esse investimento que vai para o setor produtivo da economia chegue a US$ 30 bilhões até o final do ano, o que corresponderá a 1,53% do PIB, de acordo com a previsão do BC. Para 2011, a expectativa é de US$ 45 bilhões ou 2,08% do PIB. Para completar o financiamento do déficit em conta-corrente, o país atrai também investimentos estrangeiros em carteira (ações e títulos públicos), que este ano até agosto ficou em US$ 26,716 bilhões. A projeção do BC é que esse valor chegue a US$ 38 bilhões ao final de 2010. Para 2011, a previsão é de US$ 36 bilhões.
O presidente eleito hoje (3) ou no segundo turno em 31 de outubro assumirá a oitava economia do mundo e a maior da América Latina, de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). Novo presidente assumirá oitava economia do mundo