Palestra aborda políticas de acolhimento para vítimas de violência

Palestra no TJ discute nuances psicológicas da violência doméstica (Fotos: Portal Infonet)

O Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ) e a Secretaria de Estado da Mulher, Inclusão, Assistência Social, do Trabalho e dos Direitos Humanos (Seidh) promovem, em conjunto, ações de conscientização contra a violência de gênero, em alusão à campanha Agosto Lilás. Nesta terça-feira, 21, foi promovida uma capacitação de organismos de políticas para as mulheres.

Cybele fala em desenvolver maior consciência sobre violência doméstica

O principal objetivo é reforçar políticas de acolhimento para vítimas de assédio e violência doméstica. A ação faz parte também da campanha da ‘Paz em Casa’, realizada pelo Tribunal. Hoje, aconteceu uma palestra com a especialista psicossocial Cybele Ramalho. “Queremos desenvolver uma consciência maior para os profissionais da rede da violência contra a mulher. Faremos uma sensibilização, onde profissionais presentes entrarão em contato com essa realidade das vítimas. A gente vê a violência urbana crescendo, e a violência contra a mulher entra nesse bloco”.

Sabrina Duarte Cardoso, psicóloga da Coordenadoria da Mulher, explica que ainda há a busca pela visibilidade de dados

No último dia 7, a Lei Maria da Penha completou 12 anos. Apesar da data, ainda há muito no que avançar. Essa é a avaliação de Sabrina Duarte Cardoso, psicóloga da Coordenadoria da Mulher do TJ. “Temos o que comemorar, porque se pararmos para lembrar como era antes, a mulher anteriormente ia para a delegacia e não tinha certeza se o agressor seria afastado de casa, não tinha medidas protetivas para ampará-la. Contudo, não chegamos no estágio ideal, estamos longe dele e precisamos trabalhar muito. Estamos arregaçando as mangas e tentando equacionar isso. Os números são maiores porque a lei e as reflexões possibilitaram que os índices viessem à tona, porque havia uma invisibilidade grande. Porém, ainda há uma subnotificação”, destacou.

Para ela, é preciso provocar reflexões sobre o tema. “A ação visa suscitar reflexões sobre as nuances psicológicas da violência doméstica, das pessoas envolvidas e também a elaboração de projetos. É preciso ter a continuidade de projetos no interior, e a capacitação traz isso. É fato que a violência não vai ser extinta só com a lei: é preciso uma mudança de cultura. E temos que ajudar educando nossas crianças de um jeito diferente, reeducar os homens para que tenham uma nova postura e entendam masculinidade de uma outra forma. Se isso não for trabalhado, a violência domestica vai continuar matando mulheres”, finalizou Sabrina.

Por Victor Siqueira

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