Petistas não vão entregar cargos no Governo

Jackson Barreto: mudanças após conversa com aliados (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

O governador Jackson Barreto (PMDB), que tomou posse como titular do cargo no início da tarde desta segunda-feira, 10, na Assembleia Legislativa, pretende fazer alterações no secretariado. Ele não fala detalhes sobre as mudanças que deverão ocorrer a partir do mês de janeiro, mas promete permanecer com a aliança com o Partido dos Trabalhadores (PT) e fidelidade ao projeto político implementado pelo governador Marcelo Déda, que faleceu na segunda-feira da semana passada, 2, em São Paulo.

Jackson Barreto informa que só pretende iniciar as mudanças depois que conversar com os aliados. “Poderão ocorrer diversas alterações, mas os detalhes conversaremos depois de uma reunião com a nossa base aliada”, informou aos jornalistas, após a solenidade de posse. “Porque nós somos um grupo e temos um projeto político. Eu não posso falar sozinho”, justificou.

Jackson Barreto também não fala no processo sucessório, mas dá sinais quanto à orientação desta nova gestão. “Tenho que ter a compreensão de que sou governador do Estado, mas tenho aliados, partidos que nos apóiam e nós temos que dividir as responsabilidades, desde que se coloque em primeiro plano os interesses do povo sergipano”, comentou.

Aliança

Rogério Carvalho, ao lado da secretária de cultura, Eloísa Galdino: destino incerto

O Partido dos Trabalhadores não tem a pretensão de entregar os cargos que detém na administração estadual e também pretende manter posição para compor a chapa majoritária na disputa das eleições de 2014, seja pela indicação do candidato a vice-governador ou pela manutenção da indicação do petista que disputará o Senado [vaga que já estava reservada ao governador Marcelo Déda].

O presidente da Executiva Estadual do PT, Rogério Carvalho, não vê motivo para o partido colocar os cargos que detém no governo à disposição de Jackson Barreto. “Não faz sentido entregar os cargos. Estados todos no governo”, diz Carvalho.

O presidente do PT assegura que os dirigentes do partido devem aprofundar os debates em torno da aliança com o governador Jackson Barreto e defende que o partido mantenha a mesma proporcionalidade dos cargos que foram ocupados durante a gestão de Marcelo Déda. “O Governo de Déda foi uma gestão muito compartilhada, existe presença grande de representantes de todas as forças. Não posse definir o estilo, mas temos que discutir o espaço do PT daqui pra frente no Governo”, assegura Rogério Carvalho.

Sílvio Santos: aguardando orientações

O ex-presidente do PT, Sílvio Santos, secretário-chefe da Casa Civil, não opina sobre o futuro do PT na administração estadual. "Estamos aguardando a orientação do governador quanto ao espaço do PT no governo", declarou, em conversa com o Portal Infonet.

Por Cássia Santana

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