PMDB/SE não estranha afastamento de Cunha

Gama pede explicações a correligionário (Foto: Victor Ribeiro/Assessoria)

O PMDB de Sergipe não se surpreendeu com a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo afastamento do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ) do cargo e da presidência da Câmara dos Deputados. Na ótica do presidente da Executiva Estadual do partido em Sergipe, João Augusto Gama, os brasileiros já aguardavam um desfecho para as questões que vinculam o deputado federal à Operação Lava Jato.

Gama não comemora nem critica a decisão do STF, mas pede explicações a Cunha sobre a origem do dinheiro mantido na Suíça em seu nome, em cuja movimentação o parlamentar declara-se “usufrutuário” daqueles ativos. “Ele precisa explicar a origem destes recursos que ele diz que é usufrutuário, dinheiro não cai do céu”, comenta o presidente do PMDB de Sergipe. “É lastimável que estas coisas ainda aconteçam no nosso país”, diz.

Para Augusto Gama, tendo ocorrido o afastamento de Cunha anterior ao dia 17 de abril teria sido diferente o resultado da votação na Câmara dos Deputados pela aprovação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). “Se tivesse acontecido antes [a decisão do STF pelo afastamento de Cunha] talvez o resultado não fosse tão desfavorável à presidente Dilma”, considerou o peemedebista, numa referência à sessão histórica ocorrida naquele domingo na Câmara dos Deputados.

Gama não vê possibilidade do afastamento de Cunha influenciar a votação do pedido de impeachment no Senado, não tem dúvida que Michel Temer (PMDB) assumirá a Presidência da República e lamenta esta nova fase da história do Brasil. “Não vemos motivo para impeachment, se cria um sério precedente e a própria história vai revelar isso. Uma mulher de passado limpo, de luta e de coragem, as pedaladas são discurso esfarrapado e golpista”, diz.

Para o presidente do PMDB, o impedimento de Dilma Rousseff foi impulsionado pela crise econômica. “Houve estagnação econômica, foi a economia que levou a isso, o governo não fez os ajustes necessários e acho que o próximo governo não vai promover estas reformas, até por falta de legitimidade. Não teremos, com o novo governo, as aspirações do povo brasileiro atendidas”, analisa.

Por Cássia Santana

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