Policial civil é acusado por crime eleitoral em Graccho

Viviane Pessoa: Disk Denúncia em tempo real (Foto: Portal Infonet)

Policiais civis estão sendo investigados por cometer crime eleitoral no período em que antecedeu o processo eleitoral. Em um dos casos, segundo informou a corregedora Teonice Alexandre, há evidências que um agente, cuja identidade não foi revelada, teria usado uma viatura da Polícia Civil para acompanhar uma candidata a vereadora em atividade político-eleitoral no município de Graccho Cardoso. Inclusive, o veículo da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) era guardado na garagem da residência da própria candidata  beneficiada. “Temos até fotografia”, informa a corregedora Teonice Alexandre.

O episódio já está sendo investigado em processo administrativo instaurado na Corregedoria, onde também tramita outro procedimento semelhante contra um outro agente da Polícia Civil que teria usado viatura da polícia civil em atividade político-eleitoral na cidade de Capela.

O carro, da 2ª Delegacia de Polícia, que deveria estar em Aracaju, foi envolvido em um acidente no interior do Estado e as circunstâncias estão sendo investigadas. Nesta ocasião, ainda não há evidência da prática de crime eleitoral. “Neste caso, há denúncia, mas estamos aprofundando as investigações para ver se há subsídio que caracterize o crime”, comenta a corregedora. “Mas, no caso de Graccho Cardoso, há características que indicam no mínimo uma transgressão disciplinar que o servidor praticou”, disse.

Sendo caracterizada a transgressão disciplinar, os policiais civis acusados poderão ser punidos com penas que variam entre a repreensão – a ser registrada na ficha do policial – até demissão. Neste caso específico de Graccho Cardoso, no qual já foi identificada a transgressão disciplinar, o agente acusado pode ser suspenso da função por um período de até 90 dias.

Mas tudo vai depender dos resultados das investigações que estão sendo realizadas na Corregedoria de Polícia Civil. Se, nas investigações forem encontradas provas que caracterizem improbidade administrativa ou peculato, o agente poderá ser punido com exoneração.

Balanço

Na tarde desta segunda-feira, 8, a coordenadora da Polícia Civil do Interior (Copci), Viviane Pessoa, divulgou o balanço da atuação da Secretaria de Estado da Segurança Pública durante o processo eleitoral. Foi uma eleição relativamente tranquila, segundo avaliou a coordenadora da Polícia Civil do interior, apesar da violência registrada no período em que antecedeu o pleito eleitoral no interior do Estado.

A SSP publicou portaria proibindo a atuação de policial civil em atividades de campanha eleitoral, mesmo que ele estivesse de folga. Foram várias as denúncias que indicavam o envolvimento de agentes em campanhas eleitorais, mas muitas foram vazias, segundo Viviane Pessoa.

Assim como também foram várias as denúncias envolvendo cidadãos comuns em práticas que caracterizam crime eleitoral. A Polícia Civil atuou em 70 municípios, onde não havia reforço da Polícia Federal. A PF atuou em Aracaju, Barra dos Coqueiros, Lagarto, Itabaiana e Capela, segundo a delegada Viviane Pessoa. Nos demais, a Polícia Civil atuou com o apoio da Polícia Militar.

No dia da eleição, foram instaurados 21 procedimentos, com flagrantes de crime eleitoral que envolvem transporte irregular de eleitor, boca de urna e compra de voto no interior do Estado. Na região da Grande Aracaju, foram registrados 11 procedimentos, pelos mesmos motivos, todos concentrados no município de Nossa Senhora do Socorro. “Foi uma eleição tranquila em todo o Estado”, considerou a delegada Viviane Pessoa. “Fizemos um trabalho preventivo, atendendo o disk denúncia em tempo real nos dias que antecederam ao pleito, e todo este trabalho resultou numa eleição tranquila”, considerou a delegada.

Por Cássia Santana

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