Alvo de operações investigativas e decisão judicial determinando o afastamento do atual prefeito, Alberto Narcizo da Cruz Neto, o município de Carmópolis amanheceu com um novo gestor: é o presidente da Câmara Municipal de Vereadores, José Augusto (PSD), que foi empossado ainda ontem pela Polícia Federal. O vereador evitou falar sobre a operação, mas disse que já havia indícios de ilicitudes cometidas pelo antigo gestor.
Ao assumir a prefeitura de forma interina, José Augusto disse que encontrou uma situação caótica. “Os funcionários municipais estão com salários atrasados, 70% do serviço público está parado por conta de greves, fiz visitas em postos de saúde e vi que não há médicos e faltam medicamentos. A gente agora vai tentar ordenar as coisas e solucionar esses problemas, começando pelos salários dos servidores”, afirma. O prefeito interino acredita que deve levar até 40 a 60 dias para colocar o município ‘em ordem’.
Funcionário público do estado e servidor por 14 anos do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Augusto atualmente está em seu quarto mandato de vereador em Carmópolis. Pela primeira vez assume a Prefeitura do município de forma interina.
As Operações
Uma das operações foi articulada pela GAECO/SE, do Ministério Público de Sergipe, denominada de Pandemonium, e que cumpriu mandados de busca e apreensão no Município de Carmópolis e na Capital sergipana, e também em municípios do Estado da Bahia, incluindo Salvador e Novo Triunfo.
A Operação é fruto de investigações de desvios e fraudes praticados no âmbito de contratos do Município de Carmópolis com empresas baianas, pagos com recursos públicos destinados ao combate da pandemia mundial da Covid-19.
Em outra vertente, a Polícia Federal deflagrou a Operação Estroinas, com o propósito de investigar fraudes em 9 procedimentos de dispensa de licitação realizados pelo Município de Carmópolis/SE, todos eles fundamentados na Lei nº 13.979/2020 (Lei do Coronavírus).
Na investigação que motivou a expedição dos mandados, apurou-se que aproximadamente R$ 2.300.000,00 provenientes do Sistema Único de Saúde foram gastos para a contratação direta de 9 empresas e identificou-se a existência de fortes de indícios de crimes de fraudes e desvio das verbas.
Para nossa reportagem, a assessoria de comunicação da prefeitura de Carmópolis informou que o setor jurídico está se inteirando do assunto e enviarão nota assim que possível.
Por Ícaro Novaes
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