Amurces convocou os prefeitos de cada cidade, para capacitá-los sobre como interagir com os organismos federais (Foto: Ascom/Amurces) |
Para evitar que as contas entrem no vermelho, muitas Prefeituras sergipanas anunciaram que tomarão inciativas para diminuir custos básicos, desde economia com água, luz, telefone e combustível, até cortes de cargos de comissão. Em Sergipe, as Prefeituras têm encontrado dificuldades para cumprir com os pagamentos das contas com fornecedores e com os salários dos servidores.
Ao Portal Infonet, o presidente da Associação dos Municípios da Região Centro Sul de Sergipe (Amurces) e atual prefeito de Pedrinhas, José Antônio Silva Alves, argumenta que as pequenas Prefeituras, por exemplo, necessitam da verbas do Governo Federal para se manter, mas que nem sempre esse dinheiro é repassado e as Prefeituras têm que encontrar maneiras para lidar com a situação.
“As Prefeituras pequenas precisam muito da verba do Governo Federal a folha cresce com os triênios, mas mesmo que o prefeito não coloque ninguém, a folha vai continuar crescendo. Portanto, a medida mais eficaz é fazer com que as prefeituras encontrem forma para driblar a crise”, orienta.
Na Prefeitura de Neópolis a situação não será diferente. Segundo o prefeito eleito da cidade, Luiz Melo, cortes nos gastos estão previstos, para impedir que a crise afete ainda mais a economia da cidade. “Vivemos uma época da gastança, onde coleta de lixo é feita por empresas, carros são alugados nas locadoras, então esse é um momento de austeridade para conseguir enfrentar esse momento de crise com dignidade. Então um dos procedimentos que vamos adotar é entrar em contato com órgãos como o Tribunal de Contas para ver se a gente pode dar alguns passos para trás. Vamos cortar gastos, mas precisamos de investimentos também, principalmente no turismo e fomentar atividade econômica na beira do Rio São Francisco”, articula.
Em Maruim, de acordo com o Prefeito Jefferson Santana, a partir de janeiro serão feitos novos redirecionamentos, para evitar que a crise afete ainda mais a cidade. “Não adianta adquirirmos despesas sem ter como cumprir. Mas a prioridade são os servidores. Já os cargos de comissão ficarão apenas aqueles que farão os serviços necessários”, garante.
Bloqueio de contas
Na última terça-feira, 22, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) concedeu um prazo aos prefeitos que estão atrasando salários dos servidores públicos. As prefeituras que não cumprirem o prazo estabelecido poderão sofrer bloqueio de contas na segunda-feira, 28. São eles: Maruim, Santo Amaro, Rosário do Catete, Pacatuba, São Cristóvão, Umbaúba, Gararu, Laranjeiras e Cumbe.
Durante um evento voltado para as prefeituras municipais, o prefeito da cidade de Maruim, Jefferson Santana, falou com a imprensa a determinação do TCE. Segundo ele, os salários do mês de outubro dos servidores efetivos foram pagos, restando apenas os pagamentos dos funcionários com Cargos de Comissão e contratados. “Já enviamos um ofício pedindo ao Tribunal e pedimos o prazo até o dia 25 deste mês para regularizar a situação. Portanto, todos receberão os salários”, disse o prefeito, que não garantiu que os salários de novembro seja pago na data.
Capacitação
Para orientar as prefeituras sobre como angariar recursos para suas cidades, na manhã desta quarta-feira, 23, a Associação dos Municípios da Região Centro Sul de Sergipe (Amurces), convocou os prefeitos de cada cidade, para capacitá-los sobre como interagir com os organismos federais.
O presidente da Amurces, José Antônio Silva Alves, disse que objetivo é facilitar os tramites dos prefeitos ao solicitarem recursos ao Governo Federal. “O evento também vai preparar os secretários e os prefeitos porque eles devem estar em sintonia”, explica.
Por Eliene Andrade
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