Presidência: Flávio Rocha não descarta candidatura

O empresário Flávio Rocha está em Aracaju para divulgar o 'Brasil 200' (Foto: Portal Infonet)

O CEO das lojas Riachuelo, Flávio Rocha, considerado um dos mais renomados empresários do país e especulado como candidato à presidência neste ano, está em Aracaju para proferir uma palestra e divulgar o projeto ‘Brasil 200’, encabeçado por empresários e profissionais liberais para promover ideais como livre mercado e um estado menos intervencionista.

Em conversa com a imprensa, Rocha explicou o propósito da entidade. “É lembrar que vamos fazer 200 anos da independência da Coroa portuguesa, mas somos subjugados por uma instituição muito mais tirânica e opressora: um Estado que se dissociou do objetivo de servir. 2% da população se apropria do esforço de produção nacional para bancar seus privilégios. Estamos às vésperas da eleição mais importante da história e o conflito não é patrão contra empregado, não é capital contra trabalho, não é rico contra pobre. O conflito é de quem produz sobre o imenso Estado que parasita em cima do povo brasileiro”.

Entre outros pontos, o empresário comentou a possibilidade de ser candidato à presidência da República, uma possível aliança com Jair Bolsonaro (PSL/RJ). Leia:

Portal Infonet – O senhor defende uma agenda liberal na economia e conservadora nos costumes. O que isso significa?

Flávio Rocha – Sempre as ideias econômicas e dos valores têm que estar associadas. Tivemos um ciclo de ideias ruins que devastaram a economia e geraram 14 milhões de desempregados. Tivemos a degradação total dos valores brasileiros, e isso desaguou em 300% de aumento de criminalidade, que é a erosão dos valores. Essa coisa de dizer que o bandido é vítima da sociedade, não. A decisão de cometer um crime é individual, e aquele que decide deve ser responsável pela erosão dos valores. Isso se perdeu. Teve um crescimento explosivo da corrupção também. O único caminho para a prosperidade é uma economia mais livre. Esse período de intervencionismo do Governo, crescimento do gasto público e degradação dos valores precisa ser contraposto com o liberalismo econômico e com alguém que defenda valores fundamentais do povo brasileiro, valores familiares e também prestigiar as polícias. 97% do tempo de exposição são de notícias negativas para a polícia. Temos que prestigiar quem nos defende, sob pena de ver a bandidagem solta. 98% dos assaltos à mão armada não são resolvidos. 90% dos homicídios ficam impunes. O Brasil virou o país do crime perfeito. Percorremos o país todo e vemos que o povo está muito melhor, amadureceu, evoluiu. Essa última década e meia não foi perdida porque houve um aumento na politização, e o povo está clamando um produto que não está na prateleira política. Essa combinação que está ausente: um liberal na economia para trazer prosperidade e emprego e que seja cioso dos valores que se perderam.

Infonet – O Movimento Brasil Livre (MBL) declarou que apoia seu nome na presidência. Existe a possibilidade de ser candidato ou se aliar a uma chapa com Jair Bolsonaro (PSL/RJ), como vem sendo especulado?

FR – A chapa com Bolsonaro não existe porque apesar de ele ser o único dos candidatos que está, até com certo exagero, se confrontando à degradação de valores e tocando em temas espinhosos que outros evitam por serem politicamente corretos, nós temos grandes diferenças na questão econômica. Sou liberal, defendo privatizações, defendo menos regulação da economia, aumento de competitividade. É uma visão oposta a do candidato. Li com grande alegria o artigo do Kim Kataguiri e soube que teria o apoio destes jovens que representam ideias avançadas, modernas, tanto na economia quanto nos valores. Isso é um estímulo adicional caso o movimento evolua à uma candidatura.

Infonet – Como você se posicionaria em relação a temas da pauta da esquerda, como demandas do movimento feminista, LGBTT, por exemplo?

FR – Ser conservador está muito longe de ser moralista ou ‘careta’. É uma pecha que não tem nenhum sentido. A Riachuelo é a maior empregadora de transexuais. Temos 500 colaboradores que usam o nome social. Essas radicalizações fazem parte do processo que denunciei do ‘nós contra eles’, da criação de conflitos artificiais, quando o real conflito é de quem produz contra quem parasita.

Por Victor Siqueira

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