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| Professores ocupam área da frente do Ministério Público Estadual (Fotos: Portal Infonet) |
Professores de vários municípios sergipanos realizaram um ato na porta do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e de lá saíram em caminhada até o Ministério Público Estadual (MPE), onde ficaram concentrados. As manifestações tiveram por finalidade, cobrar aos conselheiros, procuradores e promotores, uma maior fiscalização nas prefeituras que estão atrasando os salários dos trabalhadores.
No TCE, uma comissão formada por representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), foi recebida pelo conselheiro Carlos Pinna e pelo diretor de Controle Externo, Álvaro Carvalho. E no MPE, protocolaram um ofício, solicitando fiscalização aos municípios.
“Em Riachão do Dantas, a Prefeitura não pagou ainda passivos de 2012. Cadê os organismos federativos? Os professores não sabem quando vão receber. O pagamento passou a ser feito no 5º dia útil, depois passou para o dia 10, chegaram ao dia 14 e para isso tivemos que utilizar os meios de Comunicação e ir às ruas. Quem tem um único vínculo vai viver de que?”, ressalta o diretor do Sintese no município, Sérgio França.
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| Primeiro ato foi na porta do TCE |
De acordo com a presidente do Sintese, Ângela Melo, são 15 municípios que atrasam salários e não reajustaram o piso. “No todo, são 47 municípios que tem alguma dívida trabalhista com os professores e os funcionários públicos, entre eles, Gararu, Graccho Cardoso, Cristinápolis, Indiaroba, Umbaúba passou dois meses sem pagar salários dos professores, Propriá que só pagou a metade, Campo do Brito pagou 70% e depois mais 30%. Não estamos só no TCE, vamos ao MPE e ao TJSE, para que esses órgãos públicos fiscalizem essas questões e tomem uma providência”, enfatiza.
Após ser recebida pelo presidente do TCE, Carlos Pinna e pelo diretor de Controle Externo, Álvaro Carvalho, foi uma audiência em que o Tribunal se compromete rever todos os casos. “Isso pra nós é importante porque salários é sagrado, porque é uma fonte de alimento, além das outras atividades do funcionário público que não tem direito as outras áreas sociais, como o lazer, à cultura. Pra nós como dirigente sindical, essa audiência foi muito proveitosa porque essa casa se compromete rever caso a caso, dá prioridade aos municípios que estão atrasando salários”, comemora.
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Conselheiro Carlos Pinna conversa com represnetantes dos professores (Fotos: Cleverton Ribeiro)
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Segundo o presidente do TCE/SE, o Tribunal está sensibilizado com a situação dos professores. “O Tribunal está muito sensibilizado com isso porque se trata de verba alimentar. É uma reclamação contra o não pagamento de salários a servidores. O Tribunal já vinha vendo isso em outras auditorias operacionais que deflagrou desde o começo do ano por provocação do nosso procurador geral, o professor Sérgio Monte Alegre. Agora seremos mais específicos. Eu estou prometendo ao Sintese e às representações sindicais dos servidores públicos de Sergipe, que faremos uma análise imediata através de uma auditoria operacional e acredito que dentro de 30 dias no máximo, nós teremos um resultado para encaminhar ao plenário do tribunal”, promete.
Por Aldaci de Souza
