Professores de Riachão buscam apoio da Assembleia

Professores ocupam galerias da Assembleia (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

Os professores do município de Riachão do Dantas ocuparam as galerias da Assembleia Legislativa nesta terça-feira, 2, com o objetivo de buscar apoio dos deputados estaduais contra o desrespeito ao calendário de pagamento que vem ocorrendo com frequência, segundo as reclamações daquela categoria.

De acordo com o professor Waldeir Nascimento, delegado de base do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), além de atrasar o pagamento dos salários, a prefeitura está devendo cinco parcelas referentes aos retroativos dos reajustes do piso salarial concedidos nos anos de 2013 e 2014.

Segundo o sindicalista, a prefeitura pagava regularmente os salários dos professores no último dia útil do mês trabalhado. Depois, o chefe do executivo municipal passou a atrasar e, atualmente, está pagando por grupos de acordo com a ordem alfabética. Para se ter ideia, segundo o professor, no dia 30 de novembro, a prefeitura pagou ao último grupo que estava sem receber os salários referentes ao mês de outubro.

Sindicalista mostra os dados para a deputada Ana Lúcia

Na Assembleia Legislativa, os professores, que estão em greve, foram recepcionados pela deputada Ana Lúcia Menezes (PT). A parlamentar se comprometeu a encaminhar as reclamações dos professores à Comissão de Educação para que haja uma interlocução com a prefeitura. A deputada observou que, como a prefeitura de Riachão, há um expressivo número de prefeitos que não cumprem a legislação quanto ao piso salarial dos professores. “São 26 municípios com problemas de atraso, que deixa uma situação de desespero para os professores que ficam sem receber os salários”, ressaltou a deputada.

Para a deputada, as justificativas da prefeitura de Riachão do Dantas não são convincentes. “A prefeitura diz que houve queda de receita, mas não houve e não adianta me desmentir”, ressaltou a parlamentar. Segundo a parlamentar, o volume do Fundo de Participação dos Municípios cresceu no patamar de 8%. “O que ocorreu foi uma frustração na expectativa de receita porque o FPM não cresceu como esperado, mas cresceu. Não se justifica o atraso”, considerou a deputada.

O Portal Infonet tentou ouvir a prefeitura de Riachão do Dantas, mas não obteve êxito. O Portal Infonet permanece à disposição. Informações devem ser encaminhadas por e-mail jornalismo@infonet.com.br ou por telefone (79) 2106 8000.

Por Cássia Santana

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