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Adelson Barreto: injustiçado? (Fotos: Arquivo Infonet) |
O deputado estadual Adelson Barreto (PSB) quer deixar o partido, mas não tem disposição para perder o mandato. Para preservar o mandato, o parlamentar ingressará com ação judicial pedindo permissão para abandonar a sigla sem contrariar a Lei da Fidelidade Partidária.
O parlamentar não quer se pronunciar a respeito, mas tem um porta-voz: o advogado Fabiano Feitosa. O advogado já adotou os primeiros encaminhamentos para ingressar com ação judicial, o que deixa o parlamentar bastante otimista. “Vou aguardar que a Justiça do meu Estado me autorize a deixar o partido”, reagiu o parlamentar.
No PSB, o sentimento é que a sigla perde um dos mais importantes e expressivos quadros, conforme externou o senador Antonio Carlos Valadares. “É uma pessoa que temos a maior consideração, nunca desejei que ele saísse do partido”, reagiu o senador. “Não tenho motivo para rejeitá-lo nem querê-lo fora de nossa sigla”, complementou.
O presidente do Diretório Municipal do PSB, Elber Batalha Filho, informou que o partido ainda não foi notificado pela Justiça Eleitoral a respeito da ação judicial. “Ele é um valoroso companheiro e a nossa vontade é que ele permaneça na agremiação”, comenta Elber Filho.
Jurisprudência
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Batalha Filho: partido não foi incorreto |
No entanto, garante que o partido lutará para manter a vaga na Assembléia Legislativa sob o domínio dos partidos aliados, que reelegeram o governador Marcelo Déda em 2010. Na ótica de Batalha Filho, o deputado estadual estaria insatisfeito em função da sigla ter se manifestado favorável à candidatura de Valadares Filho em detrimento à do parlamentar à Prefeitura de Aracaju. “E isto não é motivo”, considera Batalha Filho.
Para o presidente do Diretório Municipal, ao dar preferência a Valadares Filho, o partido não agiu de forma incorreta. “O partido cumpriu o regimento, as diretrizes partidárias e a vontade dos filiados quando escolheu Valadares Filho, que foi um nome escolhido por meio de prévias”, revela Batalha Filho.
O PSB tem convicção que ganhará a batalha nos tribunais. “Discordância ideológica não justifica a saída do partido, já há jurisprudência”, comenta. “Não vamos permitir colocar a questão judicialmente como se o partido tivesse culpa Lou conduta incorreta, vamos contestar sempre resguardando o respeito ao deputado. Se ele quiser sair do partido, é um direito, mas também terá que perder o mandato”, comenta.
Prevalecendo o entendimento de Batalha Filho, a vaga de Adelson seria ocupada pelo suplente da coligação formada em 2010 – o radialista Gilmar Carvalho (PR). Mas a vaga, dependendo dos resultados das eleições municipais, poderá ser ocupada por Tânia Soares (PC do B). Isto seria possível se Valadares Filho for eleito prefeito de Aracaju.
Por Cássia Santana