Rui Falcão descarta crise e faxina no Governo Dilma

Rui Falcão é sabatinado pela imprensa sergipana (Fotos: Portal Infonet)

De um lado, o pré-candidato à Prefeitura de Aracaju, Silvio Santos, do outro, o pré-candidato, Rogério Carvalho. Correndo pelos lados, mas doido para entrar na disputa, o vereador Robson Viana. Todos do PT, sem contar com os pré-candidatos dos partidos aliados, a exemplo de Adelson Barreto (PSC) e de Valadares Filho (PSB). Este foi o cenário encontrado em Sergipe pelo presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Rui Falcão em visita ao estado nesta sexta-feira, 26. Ele destacou que o PT tem história para retornar à Prefeitura de Aracaju e que "não existe crise no Governo da presidente Dilma Roussef".

Em entrevista à imprensa na sede do Partido dos Trabalhadores em Aracaju, ao lado dos presidentes estadual, Silvio Santos e municipal, Usiel Rios, Rui Falcão afirmou que falta mais de um ano para as eleições. “O nosso partido trata da definição de nomes com muita tranqüilidade, mas naturalmente antes de chegar aos nomes, haverá um debate e um entendimento dentro do PT será muito fácil. Se até a proximidade das eleições, o prazo que o diretório municipal fixar não houver esse entendimento, nós temos um processo democrático de escolha e na nossa história, o candidato escolhido sempre tem o apoio daqueles que tinham pretensão. Nós não definimos nomes ainda em nenhum lugar, mas estamos tranqüilos com relação a Aracaju. Não há impasse”, acredita.

Rui Falcão diz que PT tem história para voltar à Prefeitura de Aracaju

Rui Falcão disse ainda que a estratégia geral para as eleições municipais de 2012, de acordo com a orientação do Diretório Nacional é em primeiro lugar, manter as prefeituras que o PT já conquistou, em segundo lugar, buscar conquistar prefeituras de cidades estratégicas e em terceiro lugar, ampliar o número de vereadores. “Essa nossa estratégia tem que ser adaptada às realidades locais, por exemplo, no Rio de Janeiro, nós apoiamos um prefeito do PMDB e agora ele é candidato à reeleição. Não faz sentido num contexto desse o PT querer disputar a capital do Rio. Nós fizemos um pré-acordo pelo qual ele incorporará novos programas nossos, ampliará nossa participação e nós vamos indicar o vice. Significa crescimento e nós queremos crescer para ampliar a base de sustentação da presidenta Dilma e facilitar também a possibilidade da sua reeleição em 2014”, ressalta.

“Não há crise”

Silvio Santos, Rui Falcão e Usiel Rios

Indagado sobre a crise no Governo da presidente Dilma Roussef, o presidente do PT afirmou não existir qualquer crise ou problema. “Se nós fizermos um balanço, além das especulações e das intrigas, não há um projeto do Executivo que não tenha sido aprovado no Congresso. Teve um artigo do Código Florestal que o Governo perdeu, mas esse artigo já está para ser revisto no Senado. Então não há nenhuma crise de governabilidade no Congresso Nacional. O PT e o PMDB são as maiores bancadas e é bom que elas estejam unidas em torno da presidenta”, entende lembrando que o PV já se pronunciou que passará a apoiar a presidente.

E sobre a queda de ministros, escândalos e uma ‘faxina’ no Governo Dilma, Rui Falcão afirmou que a substituição de ministros é um fato que ocorre em qualquer Governo. “No caso dos quatro ministros há uma diferenciação. O ministro Palocci pediu demissão porque não queria permitir que os ataques que dirigiam à figura dele por causa das consultorias que realizou, podiam estar gerando desgaste para o governo e ele preferiu sair. No caso do ministro Jobim, ele saiu por falar demais, foi vítima da própria eloqüência. O Alfredo Nascimento, dos Transportes, a presidenta pediu para ele apurar irregularidades apontadas e ele preferiu sair, o que ocorreu com o ministro Vagner Rossi.  A presidenta vem fazendo exatamente o que se comprometeu na campanha e no discurso de posse: onde houver malfeito e denúncia comprovada, ela vai mudar. Não há faxina, nem ação midiática e toda vez que aparecerem irregularidades, elas serão punidas ”, garante.

“Fantasma do Lula”

Entre as indagações da imprensa, a de como o presidente do PT está vendo a espécie de fantasma do ex-presidente Lula rondando o Governo da presidente Dilma. “Desde o início do Governo da presidenta Dilma, ela e ele disseram publicamente que iriam ter contatos periódicos, daria qualquer opinião, mas que se houvesse qualquer tipo de opinião contraditória, que prevaleceria a dela. Então eu encaro com naturalidade, o fato de ele ser uma liderança nacional e internacional, que ele seja procurado e que dê as suas opiniões, mas não há nenhum tipo de interferência do Lula nas ações do Governo”, enfatiza.

Aliados

Sobre a possível candidatura de aliados do Partido dos Trabalhadores às eleições municipais, a exemplo de nomes indicados pelos irmãos Amorim Rui Falcão disse estar tratando das candidaturas do PT. “Se os outros partidos vão ter nomes também, isso vai fazer parte de um diálogo futuro. Mas nós insistimos que temos nomes, temos condições, temos programa, temos projetos, temos história para pleitear a volta à Prefeitura de Aracaju”, destaca Rui Falcão.

Por Aldaci de Souza

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