Sargentos Edgar e Vieira serão submetidos a Conselho Disciplinar

Vieira e Edgar estiveram na Assembleia Legislativa (Foto: Portal Infonet)

Os sargentos Edgar Menezes e Jorge Vieira estiveram na tarde desta segunda-feira, 22, na Assembleia Legislativa de Sergipe para pedir apoio aos deputados estaduais, especialmente ao presidente da Comissão de Segurança Pública, deputado Capitão Samuel Barreto (PSC), quanto à decisão do Comando da Polícia Militar de Sergipe em instaurar Conselho de Disciplina contra os dois.

Segundo o sargento Edgar Menezes, já estão contratando advogados para recorrer da decisão. “A Polícia Militar usa as leis arbitrárias para tornar as coisas legais em ilegais. O que tem a ver uma entidade particular com Polícia Militar? O comando da PM instaurou inquérito criando um Conselho de Disciplina para avaliar se eu e Vieira temos condições ética e moral de permanecer na PM. Isso com base  em algumas atitudes quando estávamos à frente da Associação Beneficente da Polícia. Mas são problemas de cunho particular que precisam ser julgados na Justiça Comum”, explica o sargento Edgar Menezes.

Ele disse ainda que “nós já estamos buscando os remédios jurídicos no sentido de reverter esta situação e este Conselho nem seja formado. No afã de tentar calar a nossa voz, o comando está querendo misturar problemas de uma associação particular com o órgão público. Nós não estamos arrependidos de denunciar a instalação de uma companhia da PM dentro de um prostíbulo em Neópolis, de denunciar o não pagamento da Graes, de denunciar que PMs com 18 anos de serviços ainda não tenham sido promovidos para cabos [a legislação determina que seja com oito anos de serviço]”, lamenta.

Sargento Edgar e Sargento Vieira, que atualmente representam a Associação dos Militares do Estado de Sergipe (Amese), deverão ser ouvidos pelo Conselho de Disciplina. “Vamos tentar reverter esta situação até porque entendemos ser ilegal, pois o comando da Polícia Militar não pode intervir em uma entidade particular. Estamos aqui buscando apoio dos deputados e do capitão Samuel, que já fez um pronunciamento em nosso favor. Temos mais de 20 anos de polícia e comportamento excepcionais”, enfatiza.

Contraponto

Procurado pela reportagem do Portal Infonet, o assessor de Comunicação da Polícia Militar de Sergipe, João Henrique Braz, explicou que os sargentos Edgar e Vieira respondem inquérito por conta de assembleias realizadas quando da gestão à frente da Caixa Beneficente da PM, sem os trâmites normais e com assinaturas de policiais nas atas, sem estarem presentes.

“Quem estava à frente do inquérito era o coronel Dos Anjos, mas eles entraram com uma ação afastando-o e o oficial designado foi o coronel Antônio Vieira. Na conclusão dele, entendeu pela necessidade de  responsabilizar os dois e pela instauração do Conselho de Disciplina, pela quebra do decoro e essa análise foi levada ao Comando. O comandante não pode prevaricar e optou por concordar com o resultado do inquérito que será enviado à Justiça. Os dois deverão ser ouvidos, apresentar defesa e isso não quer dizer que serão expulsos”, ressalta o coronel Braz acrescentando que a parte criminal será julgada pela Justiça e a parte administrativa pela PM.

Por Aldaci de Souza

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