Senador Alessandro protocola criação de CPI do crime organizado

As assinaturas necessárias já foram colhidas e a instalação está garantida (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O senador Alessandro Vieira (MDB/SE) protocolou nesta quinta-feira (06), um pedido para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar as facções criminosas e as milícias que atuam em diversas regiões do Brasil. O projeto conta com o apoio de 30 senadores e aguarda o aval do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para ser lido no plenário e iniciar o processo de instalação, que incluirá a eleição de presidente e relator da comissão.

A proposta visa analisar em profundidade a atuação, a expansão e o funcionamento dessas organizações criminosas, com foco em suas estruturas, métodos operacionais e a relação com a violência que afeta as comunidades brasileiras. O senador Alessandro Vieira destacou a importância desse projeto para o país, enfatizando que é essencial não apenas identificar as facções e milícias, mas também criar medidas para combater de forma eficaz esse tipo de crime.

“A criação dessa CPI é imprescindível para desvendar a complexa rede de atuação das facções e milícias no Brasil. As assinaturas necessárias já foram colhidas e a instalação está garantida. Não podemos mais conviver com a violência desenfreada que afeta nossa população, e é essencial que entendamos a fundo como esses grupos operam para desmantelá-los e garantir a segurança dos brasileiros e brasileiras”.

Alessandro Vieira apontou ainda que a criminalidade e a violência no Brasil têm causado uma sensação crescente de insegurança entre os cidadãos, com impactos diretos no cotidiano da população. Segundo ele, a CPI será uma ferramenta importante para investigar e propor soluções legislativas adequadas para enfrentar o crime organizado no país.

“A sociedade brasileira vive em um clima de medo e insegurança. A expansão das facções e milícias é um reflexo dessa realidade. Este projeto visa atacar o problema de forma concreta, buscando soluções que envolvam mais do que repressão, mas também a melhoria do sistema jurídico e de políticas públicas”, afirmou.

A proposta surge em um contexto de crescente violência e uma série de chacinas, como a ocorrida no estado do Ceará, onde facções criminosas disputam territórios. A pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) revela números alarmantes sobre as mortes violentas no Brasil, com um aumento exponencial da violência em diversas regiões, como Amapá, Bahia, Pernambuco e Amazonas.

A CPI do crime organizado também vem em resposta à constante disputa entre facções rivais, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), que historicamente têm levado a intensos conflitos. Essa guerra pelo domínio de territórios tem gerado um aumento no número de homicídios e confrontos, colocando a vida de civis em risco, especialmente em estados onde o poder paralelo das facções é mais forte.

Com a criação da comissão, o objetivo é promover uma investigação aprofundada sobre os principais núcleos criminosos do Brasil, incluindo a análise de como as facções se financiam e expandem suas operações. Além disso, será feito um estudo detalhado da situação nas penitenciárias, onde muitas vezes os conflitos entre grupos rivais se iniciam e se espalham para as ruas.

O senador Alessandro Vieira ressalta que a CPI do crime organizado é um passo crucial para enfrentar a crescente ameaça que essas facções representam para o Brasil. A proposta, que busca envolver diferentes esferas de governo na solução do problema, é vista como um ponto de partida para um combate mais estruturado e eficaz ao crime organizado no país.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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