Debate lota Assembleia Legislativa |
Sair da cota de candidaturas [atualmente fixada em 30% de participação feminina] nas eleições para a reserva de cadeiras nos parlamentos brasileiros destinadas a gêneros diferentes, de forma a assegurar que a metade das cadeiras do Poder Legislativo nos Estados [inclusive no Congresso Nacional] seja ocupada por mulheres. “Nossa meta é a plena equidade, é esta mudanças que vamos promover porque isso é o que vai representar a essência da democracia”, declarou a senador Vanessa Grazziotin (PC do B/AM), membro da Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher do Congresso Nacional.
A senadora está em Sergipe participando do lançamento da Campanha ‘Mulheres na política: a reforma que o Brasil precisa’, evento que está acontecendo no plenário da Assembleia Legislativa de Sergipe nesta segunda-feira, 17. Em pronunciamento, a senadora lamentou a representação feminina no Legislativo nos estados brasileiros, alertando que esta participação no Brasil é inferior, inclusive, que aqueles índices de representação alcançado nos países mulçumanos, nos quais as mulheres sofrem maior discriminação. Mas reconheceu que, com quatro mulheres na Assembleia Legislativa, Sergipe se destaca entre os mais representados do país.
Grazziotin: sensibilizar homens para mudar a lei |
Na Câmara dos Deputados, segundo dados revelados pela senadora amazonense, as mulheres representam 10% [ocupando 51 cadeiras das 513 existentes] e 16% no Senado, com 12 senadoras entre as 81 vagas existentes. Apesar de minoria, as mulheres, na ótica da senadora, tem tido importante participação no cenário político brasileiro. “Temos uma organização muito sólida, a participação da bancada feminina tem sido forte e está passada a hora de fazer a reforma política que supere estas diferenças”, ressaltou. “Mais importante que se mobilizar, é sensibilizar os homens porque é do voto deles que precisamos no Congresso Nacional para enfrentar a discriminação através da mudança da lei”, observou.
A senadora revelou resultado de pesquisa de opinião pública, sinalizando que a falta de apoio dos partidos políticos às candidaturas femininas seria o principal motivo da baixa representatividade das mulheres nos parlamentos brasileiros, com 41% dos palpites observados na pesquisa. Associado à mobilização para garantir a reserva de cadeiras, as mulheres também se mobilizam para ter acesso aos recursos do Fundo Partidário.
Mulheres acompanham debates nas galerias |
Em panfleto distribuído entre as participantes dos debates, os organizadores esclarecem as mudanças necessárias para se atingir ao quórum de 50% de representatividade nos parlamentos brasileiros, destacando como ponto primordial o direcionamento dos recursos do Fundo Partidário para incentivar os partidos a qualificar mais mulheres a conquistar uma maior bancada feminina.
Por Cássia Santana
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