Sergipanos mudam voto para derrubar terceirização

Câmara dos Deputados aprova terceirização da atividade-fim (Foto: Arquivo/Agência Câmara)

Três deputados federais de Sergipe mudaram o voto na quarta-feira, 23, e optaram por votar contra ao projeto, que permite a terceirização em todas as áreas [atividade-fim e atividade-meio] das empresas e regulamenta o trabalho temporário no país, aprovado na noite da quarta-feira, 22, na Câmara dos Deputados.

Em 2015, quando o projeto foi apreciado pela primeira vez, os deputados federais Adelson Barreto (PR), Fábio Mitidieri (PSD) e Fábio Reis (PMDB) se posicionaram favoráveis à proposta. Mas nesta quarta-feira, 23, quando o projeto voltou ao plenário com as alterações propostas pelo Senado, os três parlamentares mudaram de lado e acompanharam a oposição, dizendo não ao projeto.

Da bancada de Sergipe, os deputados federais João Daniel (PT) e Jony Marcos (PRB) mantiveram a posição adotada em 2015, contrário à proposta. Já os deputados federais André Moura (PSC) e Laércio Oliveira (SD) votaram a favor do projeto, mantendo a mesma posição anunciada em 2015. Estes foram os únicos da bancada sergipana a dizer ‘sim’ ao projeto, nesta quarta-feira, 22. O deputado Valadares Filho (PSB) não se manifestou.

Justificativa

O Portal Infonet tentou ouvir os parlamentares que modificaram o voto neste segundo momento. Por meio da assessoria de imprensa, o deputado Fábio Reis explicou que “ouviu o clamor do povo sergipano” e entendeu que o projeto traria prejuízos aos trabalhadores. “Fábio ouviu o clamor do povo sergipano, que pediu para que o parlamentar votasse contra o projeto que prejudica os trabalhadores ao passo que estes perdem direitos trabalhistas e é benéfico apenas para os empresários”, destacou a assessoria, em nota enviada ao Portal Infonet.

O deputado Adelson Barreto informou que o projeto votado nesta quarta-feira, 22, difere do projeto votado em 2015. De acordo com o parlamentar, enquanto o projeto anterior prevê a responsabilização da estatal e da empresa terceirizada em caso de problemas com pagamento de salários dos trabalhadores, o projeto votado mais recentemente prevê responsabilidades apenas para as terceirizadas.  “O projeto de 2015 tinha uma segurança maior para o trabalhador. Não vou votar em projeto que prejudique o trabalhador. Precisamos de projetos que tragam benefícios. Estou deputado, mas sou trabalhador”, comentou.

A assessoria de imprensa do deputado Fábio Mitidieri informou que o parlamentar modificou o voto em função das “grandes mudanças” que o projeto original sofreu. A assessoria informou que o parlamentar também estava em atividade no plenário da Câmara em Brasília e que poderia, também, dar um retorno posteriormente.

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Por Cássia Santana

A matéria foi alterada às 20h56 para acréscimo de informação enviada pelo deputado federal Adelson Barreto. 

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