Sindicalistas mobilizados contra fechamento da Fafen

Leandro: homenagem a líderes assassinados (Foto reprodução vídeo facebook/Sindipetro)

Continuam as mobilizações contra a decisão da Petrobras em fechar a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) nos Estados da Bahia e Sergipe. Na segunda-feira, 9, sindicalistas baianos e sergipanos e um grupo de parlamentares baianos participaram, em Salvador, de audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa do Estado da Bahia para discutir a questão. Ao abrir os trabalhos, o deputado estadual Angelo Coronel, presidente do Poder Legislativo da Bahia, anunciou a criação de uma Comissão Especial de Defesa da Petrobras no âmbito daquela Casa Legislativa.

O sindicalista Edivaldo Leandro, diretor do Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Sergipe e Alagoas (Sindipetro), fez uma reflexão sobre os prejuízos que o fechamento da Fafen trará aos dois Estados afetados e, sob aplausos, repudiou os crimes políticos, tecendo homenagens póstumas ao sindicalista Clodoaldo dos Santos Melo, o Barriga, assassinado na porta de casa na Barra dos Coqueiros em Sergipe, e à vereadora Marielle Franco, assassinada no mês de março no Rio de Janeiro.

No discurso, Edivaldo Leandro revelou que a classe trabalhadora não aceitará o fechamento da unidade e que, havendo qualquer iniciativa da Petrobras neste encaminhamento, os funcionários efetivos e terceirizados estão dispostos a ocupar a fábrica para mantê-la em funcionamento sob o domínio da classe trabalhadora.

Conforma destacado na audiência, o fechamento da Fafen afetará cerca de 700 empregos, com a perspectiva de proporcionar um prejuízo avaliado em R$ 600 milhões na planta industrial localizada em Laranjeiras, no Estado de Sergipe, e de outros R$ 200 milhões na unidade da Bahia.

O diretor do Sindipetro Bruno Dantas, que também participou da audiência pública na Assembleia Legislativa da Bahia, disse que a preocupação da classe trabalhadora não está restrita aos empregos que serão ceifados. Mas também no impacto que a medida trará diretamente nos preços dos produtos alimentícios. “A produção de fertilizantes está diretamente ligada à agricultura e uma medida dessa trará impacto diretamente no preço dos alimentos. É, acima de tudo, uma questão de segurança alimentar, conforme avalia o sindicalista sergipano.

O Portal Infonet tentou ouvir a Petrobras. A assessoria de imprensa  informou que a estatal não se manifestará sobre esta questão.

Por Cássia Santana 

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