Subvenções: defesa desistirá de testemunhas ausentes

Márcio Conrado: necessário prova concreta (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

Mais três testemunhas arroladas no processo judicial que trata das verbas de subvenções destinadas pela Assembleia Legislativa a entidades do terceiro setor não compareceram ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para prestar depoimento. Os ex-prefeitos Armando Batalha, de São Cristovão, e Lauro Rocha, de Riachão do Dantas, e também o advogado Armando Batalha Júnior [filho do ex-prefeito de São Cristovão] foram arrolados pela defesa e havia previsão para que os depoimentos fossem prestados na manhã desta segunda-feira, 8.

Mas a ausência deles, na ótica do advogado Márcio Conrado, que atua na defesa dos parlamentares, não prejudicará o andamento do processo. “Vamos avaliar a melhor forma de convocar novamente ou mesmo dispensar a convocação destas testemunhas arroladas pela defesa”, considerou Mário Conrado.

Apesar da procuradora Eunice Dantas ter convicção que há entidades vinculadas a políticos, a exemplo da Associação D. Caçula criada pelo ex-prefeito Laelson Menezes, que é tio do ex-deputado Zeca da Silva, o advogado Márcio Conrado insiste em desvincular as entidades da atuação política dos parlamentares que figuram como réus no processo eleitoral. “O fato de existir entidade fundada por um político não denota nem comprova que em 2014 esta entidade foi usada par fins eleitorais. É necessário uma prova concreta”, ressaltou o advogado.

Momento do depoimento de Almeida Fontes, ex-dirigente de entidade em Riachão

Márcio Conrado não faz conjecturas sobre as testemunhas que passaram à condição de rés no âmbito criminal e que assinaram a delação premiada. “É preciso saber que conteúdo foi retratado e se este conteúdo implica alguma consequência para algum deputado, a procuradora revelou que tem interesse em ouvi-los, então vamos aguardar a deliberação do magistrado”, observou.

Por Cássia Santana