Subvenções: Defesa diz que testemunhas são pressionadas

Advogados Fabiano feitosa e Márcio Conrado questionam procuradores (Fotos: Portal Infonet)

Na audiência que apura a distribuição das verbas de subvenção pela Assembleia Legislativa de Sergipe, os advogados de defesa Fabiano Feitosa e Márcio Conrado, afirmaram na manhã desta terça-feira, 12, estar havendo “pressão” junto às testemunhas de acusação.

“Vocês estão pressionando as pessoas diante da imprensa”, lamentaram após o procurador do Ministério Público Federal, Rômulo Almeida ter pedido a investigação da presidente da Associação Comunitária Nossa Senhora da Conceição no Povoado Cobra D'Água, localizado no município de Pacatuba, Edna dos Santos, por falso testemunho.

Os procuradores Rômulo Almeida e Eunice Dantas garantiram que se fosse para pressionar, estariam pedindo a prisão em flagrante de todas as testemunhas, tendo apenas que acionar os agentes da Polícia Federal que acompanham as audiências de instrução realizadas no auditório do Tribunal Regional Eleitoral às terças e quintas-feiras.

Rômulo Almeida: "Não significa que serão processadas"

De acordo com ele, os depoimentos apresentam várias informações inconsistentes sobre a destinação dos recursos. “Em relação à Edna dos Santos, há inclusive contradição interna entre o próprio depoimento dela, por isso nós pedimos que fosse encaminhada cópia ao Ministério Público para a apuração de falso testemunho”, destaca Rômulo Almeida.

Ele alertou que as pessoas que comparecem à Justiça, elas tem o compromisso de dizer a verdade. “Se há indicativos de que não estão dizendo a verdade, não significa que serão processadas, mas deve ser averiguado. Se faltaram com a verdade e se os elementos foram suficientes a isso, devem ser realmente processadas, mas a intenção não é essa, tanto que num universo de mais de uma centena de testemunhas, isso deve ter acontecido sete, oito vezes no máximo”, entende.

Os depoimentos de acusação estão na reta final e a fase de instrução deverá ser concluída na próxima quinta-feira, 14.

Por Aldaci de Souza