Subvenções: ex-deputado é colocado em liberdade

Mundinho: direito de responder a processo em liberdade (Foto: Marcos Couto/Arquivo)

O ex-deputado Raimundo Vieira, o Mundinho da Comase, foi libertado na noite deste sábado, 1º, e já está na companhia dos familiares. A informação foi confirmada pelos próprios familiares do ex-parlamentar, que o acompanham desde que ele foi colocado em liberdade. O processo corre em segredo de justiça, mas segundo informações de um dos filhos do ex-deputado, o habeas corpus foi concedido pela desembargadora Elvira Almeida, com o aval do próprio Ministério Público Estadual, que entende que a prisão tornou-se desnecessárias após a assinatura do termo de delação premiada.

O habeas corpus conquistado pelo ex-deputado também beneficia os irmãos Augifranco de Vasconcelos e Ygor Henrique de Vasconcelos, que foram presos na mesma quarta-feira, 29, em cumprimento a mandado judicial expedido pela Comarca de Lagarto por envolvimento em suposto esquema fraudulento para desviar as verbas de subvenções destinadas pela Assembleia Legislativa a entidades do terceiro setor.

Mundinho da Comase e os outros acusados concordaram em assinar termo de delação premiada e prestaram informações consideradas importantes para as investigações realizadas pelo Ministério Público Estadual e também pela polícia civil, através da Delegacia Especializada de Combate a Crimes Contra a Ordem Tributária e a Administração Pública (Deotap).

Sem efeito

Walter Neto: mantendo a linha da delação (Foto: Arquivo Portal Infonet)

O trio responde a inquérito policial por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O advogado Walter Gomes Marques Neto, que atua na defesa dos três acusados, orientou os clientes a manter a linha pelo benefício da delação premiada. No primeiro momento, Walter Neto demonstrou-se contrário à estratégia. No entanto, com os encaminhamentos e a delação homologada no âmbito do Ministério Público, o advogado não vê outra saída. Para Walter Neto, com a soltura dos réus por iniciativa do Ministério Público Estadual, o outro habeas corpus impetrado pelo advogado Emanuel Cacho perde o sentido e, na ótica dele, não será mais analisado pelo Tribunal de Justiça. "Perdeu o objeto", resumiu.

Para Walter Neto, manter a deleção premiada é benéfico para os próprio réus. "Manter a linha da delação premiada é razoável, se os réus saírem desta linha eles perdem todos os benefícios da delação premiada e poderão pegar penas altas, tipo dez a quinze anos de prisão em regime fechado. Mas com a delação premiada, a pena cai, talvez para quatro em rfegime aberto", analisa o advogado.

O Portal Infonet tentou ouvir o advogado Emanuel Cacho, mas não obteve êxito. O Portal permanece à disposição. Informações podem ser enviadas por e-mail jornalismo@infonet.com.br ou por telefone (79) 2106 – 8000.

*A matéria foi alterada às 9h05 para acréscimo de informações

Por Cássia Santana

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