Mundinho no momento em que foi preso (Foto: Arquivo Portal Infonet) |
O juiz Marcel Maia Montavão, da Vara Criminal de Lagarto, revogou o ato que classificou como revelia a atitude do ex-deputado Raimundo Vieira, o Mundinho da Comase, por não comparecer à primeira audiência de instrução do processo judicial movido pelo Ministério Público Estadual por crime de peculato. O ex-parlamentar é acusado de envolvimento em suposto esquema para desviar as verbas de subvenções destinadas pela Assembleia Legislativa a entidades do terceiro setor, que possuem título de reconhecimento de utilidade pública.
A advogada Danielle Ferreira, que atua na defesa de Mundinho, explicou a ausência do parlamentar à primeira audiência na qual foi ouvida o promotor de justiça Belarmino Alves dos Anjos Neto e outras duas testemunhas arroladas no processo. Segundo a advogada, ela própria estava com problemas de saúde e o ex-parlamentar acabou também não comparecendo.
Na última audiência, realizada na terça-feira, 7, em Lagarto, o juiz acatou os argumentos da defesa e tornou sem efeito a revelia que ele tinha classificado anteriormente. Mas a advogada pretende anular aquela audiência e aguarda julgamento do habeas corpus que está tramitando no Tribunal de Justiça.
Além de Mundinho da Comase também figuram como réus neste processo específico os irmãos Augifranco Patrick de Vasconcelos, que à época que movimentou os recursos públicos presidia a Ala Jovem de Lagarto, contemplada com verbas de subvenções destinadas pela Assembleia Legislativa por indicação do então deputado estadual Mundinho da Comase, e Ygor Henrique Batista de Vasconcelos, que firmou contratos suspeitos, na ótica do Ministério Público, com a Ala Jovem por meio da empresa MP10 Empreendimentos.
Na terça-feira, 7, o juiz Marcel Maia ouviu o depoimento de Augifranco, declarou encerrada a fase da instrução e abriu prazo de cinco dias para as partes requisitar diligências. O processo tramita em segredo de justiça e os detalhes dos depoimentos colhidos durante a fase de instrução não são divulgados. Além deste, o ex-parlamentar e os irmãos Augifranco e Ygor Henrique respondem a outros processos judiciais nas áreas cível e criminal por movimentar, forma suspeita, as verbas de subvenções.
Por Cássia Santana
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