Subvenções: ouvida de testemunhas prosseguem em sigilo

A assessora de Augusto Bezerra, Elisa Menezes, saiu acompanhada do advogado (Foto: Portal Infonet)

Mais sete testemunhas foram ouvidas na tarde desta quinta-feira, 16, no processo que investiga irregularidades na distribuição das verbas de subvenção. Entre elas, a assessora do deputado Augusto Bezerra, Elisa Maria Menezes, foi ouvida como testemunha deferida, ou seja, o nome dela foi citado em depoimentos anteriores. Assim como aconteceu no período da manhã, a imprensa não teve acesso aos depoimentos. Duas testemunhas faltaram.

Uma das testemunhas que já havia sido ouvida e retornou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/SE), foi o padre Joselito Santana de Lima, ligado à Associação dos Moradores de Moita Bonita. Ele pediu para prestar novas declarações. No primeiro depoimento, ele informou ter recebido cestas básicas confeccionadas com alimentos que haviam sido doados como entrada para uma festa realizada pela associação que não foi localizada pela Procuradoria Regional Eleitoral, mas recebeu R$ 155 mil dos deputados Luiz Mitidieri e Venâncio Fonseca. Na ocasião, ele foi informado de que seria investigado por falso testemunho.

Na saída da sala de audiências esta tarde, ele não quis falar com a imprensa. "Só falarei em juízo", diz.

Pela Associação de Moradores e Amigos do Bairro Nova Veneza (Amanova), que recebeu quase 2 milhões em verbas de subvenção por meio dos deputados Augusto Bezerra, Paulinho das Varzinhas e Susana Azevedo, foram ouvidos Agenilson de Carvalho e Wellington Luiz G. Silva, que aparecem como beneficiários de valores repassados pela associação.

Os depoimentos retornam na próxima segunda-feira, 20, com a ouvida do vereador de Capela, Antônio Arimateia Rosa Filho, apontado por outras testemunhas como responsável pelo saque de um cheque no valor de R$ 299 mil da conta da Associação Musical Lira Nossa Senhora da Conceição.

Por Aldaci de Souza