Subvenções:delegada indicia ex-deputado e os dois irmãos

Mundinho no momento da prisão em Aracaju (Foto: Produção do programa A Hora da Verdade/Arquivo)

Está concluído o inquérito policial que investigou o paradeiro das verbas de subvenções destinadas pelo ex-deputado Raimundo Vieira, o Mundinho da Comase, à Ala Jovem de Lagarto. No relatório, a delegada Danielle Garcia, titular da Delegacia Especializada no Combate ao Crime Contra a Ordem Tributária e a Administração Pública (Deotap), indiciou o ex-parlamentar e também os irmãos Augifranco Patrick de Vasconcelos, professor da rede municipal que movimentou cerca de R$ 3 milhões em conta bancária pessoal, e Ygor Henrique de Vasconcelos, sócio da empresa MP-10, que supostamente simulava contratos para devolver os recursos das subvenções ao ex-deputado.

Eles foram presos, assinaram termo de delação premiada, revelaram como funcionava todo o esquema e foram indiciados por crime de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa [formação de quadrilha]. Os autos serão encaminhados para a Comarca de Lagarto, que os remeterá ao Tribunal de Justiça, que deverá se manifestar quanto aos novos encaminhamentos. De acordo com informações da delegada, o Tribunal de Justiça poderá determinar novas diligências para que a polícia civil faça investigações sobre as outras entidades do terceiro setor citadas pelos delatores durante as investigações que teve como alvo a Ala Jovem de Lagarto.

Augifranco no momento do depoimento (Fotos: Portal Infonet/Arquivo)

Ygor sendo conduzido na Plantonista

Como há citações de deputados que exercem mandato na Assembleia Legislativa de Sergipe, os autos serão encaminhados ao Procurador Geral de Justiça que os remeterá ao Tribunal de Justiça, solicitando autorização para o Ministério Público Estadual dar continuidade às investigações. As ex-deputadas Angélica Guimarães e Susana Azevedo, por exerceram cargo vitalício no Tribunal de Contas do Estado de Sergipe, também gozam de foro privilegiado e responderão junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O deputado federal Adelson Barreto (PTB), mencionado no depoimento do vereador Antonio Arimatéia, de Capela, em um outro procedimento, também tem foro privilegiado e será investigado pela Procuradoria Geral da República e responderá perante o Supremo Tribunal Federal (STF).

Por Cássia Santana

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