Fogo destruiu a Sala de Arquivos, mas vereadores tinham cópias dos documentos (Foto: Arquivo portal Infonet) |
O delegado de Cristinápolis, Paulo Cristiano Alves Ricarte já ouviu o principal suspeito [o nome continua em sigilo para não atrapalhar o final das investigações] de ter ateado fogo na Sala de Arquivos da Câmara Municipal de Cristinápolis. Durante a ouvida na Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), o morador de Cristinapólis apontou mais quatro pessoas. E na tarde desta terça-feira, 23, mais cinco pessoas serão ouvidas. O crime foi registrado no último dia 12 de fevereiro, data em que os vereadores votaram o pedido de impeachment da gestão do padre Raimundo Leal (PMDB). A sessão aconteceu mesmo após o episódio e o prefeito teve o mandato cassado, mas recorreu e já retornou ao cargo.
“A ouvida aconteceu na UTQ onde ele está internado desde a data do incêndio na Cãmara de Crsitinápolis. Está parecendo uma múmia, só com a cabeça de fora, por conta das queimaduras em todo o corpo. Além de ouvir, gravei todo o depoimento em que o principal suspeito aponta mais quatro pessoas”, explica acrescentando que todos são moradores de Cristinápolis e são acusados de participação no crime.
Após os depoimentos desta terça-feira de mais cinco pessoas, o delegado Paulo Cristiano Alves Ricarte concluirá o inquérito ainda esta semana como já informou o Portal Infonet e comunicará à assessoria de Comunicação Social da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe, visando a realização de uma coletiva de imprensa.
“Eu tenho os nomes de todos os envolvidos, que serão divulgados durante entrevista coletiva a ser marcada pela assessoria de Comunicação da SSP/SE”, afirma preferindo não adiantar se o que ocorreu na Câmara de Vereadores de Cristinápolis foi um crime de conotação política.
“O viés político não sou eu quem vai dar porque sou técnico e portanto, responsável pela investigação criminal”, enfatiza o delegado Paulo Cristiano.
O prefeito Raimundo Leal é suspeito de ser o mandante do crime, mas garante nada ter a ver com o episódio, inclusive já retornou ao cargo por decisão judicial.
Por Aldaci de Souza
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