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Jailton Santana ouve taxistas e se posiciona contra mudanças à lei (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet) |
Os taxistas estão inconformados com a postura do vereador Vinícius Porto (DEM), presidente da Câmara Municipal de Aracaju, por ter mudado de opinião para apresentar proposta com o intuito de proporcionar mudanças na lei municipal que proíbe o uso de aplicativos para o transporte de passageiros na capital sergipana. “Queremos saber do presidente porque ele mudou de opinião para modificar a lei, que ele mesmo apresentou, para beneficiar o Uber [o aplicativo que entrou em operação na capital sergipana]”, bradou o vice-presidente do Sindicato dos Taxistas de Sergipe (Sintaxi), Gerson Ferreira da Silva.
Nesta quarta-feira, 14, os taxistas realizaram manifestação e se concentraram na porta da Câmara na tentativa de convencer os parlamentares a votar contra à proposta que o vereador Vinícius Portos prometeu encaminhar ao plenário. A perspectiva era que a proposta de alternação à lei que está em vigor fosse colocada em pauta de votação nesta quarta-feira, mas os debates em torno do Projeto da Lei Orçamentária travaram a pauta de votação.
Os vereadores estão divididos. Na porta da Câmara, alguns parlamentares cumprimentaram e conversaram com os manifestantes. O vereador Jailton Santana (PSDB) se posicionou contrário a qualquer proposta que venha alterar a legislação atual. “Vou votar contra [ao projeto de Vinícius Porto] e vou convencer os colegas vereadores a não apoiar”, disse o parlamentar.
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Taxistas se concentram na porta da Câmara |
O vereador Iran Barbosa (PT) observou que qualquer proposta deve ser amplamente debatida entre os poderes. “Tem que haver um amplo debate no Executivo e no Legislativo para apresentar uma alternativa à luz da legislação e dos direitos dos taxistas, que também traga benefícios para a população”, comenta o petista.
O Portal Infonet tentou ouvir o presidente da Câmara. Nesta quarta-feira, 14, Vinícius Porto não compareceu ao Poder Legislativo. A sessão na Câmara foi presidida pelo vereador Roberto Morais, que informou que nenhum projeto desta natureza tramita no Legislativo.
Por Cássia Santana