Técnicos apontam superávit e déficit em previdência

Debate no TCE: otimismo (Fotos: Portal Infonet)

O cálculo atuarial do regime próprio de previdência do Estado de Sergipe demonstra números otimistas. De acordo com informações do atuário Felipe Araldi, da Unidade de Gestão Previdenciária do Banco do Brasil, os dados estatísticos revelam redução do déficit atuarial do plano financeiro no patamar de 5,4% e uma melhora significativa do superávit do plano previdenciário.

Estes dados foram revelados nesta terça-feira, 30, pelos técnicos Hernane Cyreli Raupp e Felipe Araldi, membros da Unidade Gestora Previdenciária do Brasil, na terceira audiência pública promovida pelo Tribunal de Contas do Estado de Sergipe (TCE) para discutir os problemas enfrentados pelo Governo de Sergipe no Sergipeprevidência.

Conforme Felipe Araldi, o déficit saiu dos R$ 64 bilhões para aproximadamente R$ 61 bilhões, enquanto o superávit passou da casa dos R$ 480 milhões para R$ 668 milhões. “Há um déficit acentuado no plano financeiro e um superávit também significativo no plano previdenciário, que é a lógica da segregação de massa instituída em 2011”, comentou Aradi.

Os dados refletem otimismo. “Se a gestão for correta, na hora de conceder benefícios e reajuste para os servidores públicos, acho que é possível a médio ou a longo prazo termos um regime equilibrado”, observou.

Preocupação

Plínio: recursos desviados precisam ser devolvidos

Hernane apresenta o cálculo autarial no TCE

Felipe Araldi: boa gestão gera bons resultados

Apesar deste quadro, há uma grande preocupação uma vez que há dois planos, o que, na ótica dos técnicos, dificulta uma avaliação mais precisa. “São dois planos, por isso há dificuldade em analisar, se a gente fosse analisar como plano único, mesmo que fosse um plano capitalizado, teria um déficit acentuado porque a grande parte da massa, principalmente os aposentados, já está no plano antigo que tem um déficit de R$ 61 bilhões”, destaca.

Os técnicos apresentam sugestões, que envolvem alteração nas regras de pensão, otimização das bases de dados para definir o custo previdenciário correto e revisão da segregação de massa como forma de deixar confortável a situação do regime.

Sindicalistas acompanham os debates e demonstram grande preocupação com as alternativas sugeridas. “Essa é a explanação do governo, que quer resolver o problema, retirando direitos e aumentando a contribuição, quando os servidores públicos estão sem reajuste salarial há quatro anos”, analisa o professor Roberto Silva dos Santos, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese).

O vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Plínio Pugliesi, destaca que um dos planos previdenciários apresenta superávit, mas outro tem um déficit preocupante, que chega aos R$ 61 bilhões. No entanto, a maior preocupação da classe trabalhadora, segundo o vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores, está nos recursos da previdência que foram desviados. “Há um consenso entre todos de que o governo no passado retirou os recursos da previdência e desviou para outras finalidades e estes recursos precisam ser devolvidos”, enalteceu.

Por Cássia Santana

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