Laelson Menezes, tio de Zeca, diz ter administrado a associação até 2010 (Fotos: Portal Infonet) |
Das seis testemunhas arroladas, cinco compareceram à audiência do processo que apura irregularidades na distribuição e aplicação das verbas de subvenção pela Assembleia Legislativa de Sergipe. Entre os depoimentos da tarde desta quinta-feira, 2, o do tio do ex-deputado Zeca da Silva (PSC), o ex-prefeito de Riachão do Dantas, Laelson Menezes (PSC), que afirmou ter administrado a Associação D. Caçula em comodato com o município, até 2010.
O primeiro depoimento foi do empresário Wendel Martins, ligado a Associação de Moradores e Amigos do Bairro Nova Veneza (Amanova). A entidade recebeu mais de R$ 2 milhões em verbas de subvenção por meio dos deputados Augusto Bezerra (DEM), Susana Azevedo (PSC) e Paulinho das Varzinhas (PTdoB). O cheque trocado foi no valor de R$ 70 mil.
Dielson Tadeu era chefe de gabinete do ex-deputado |
Aos representantes do Ministério Público Federal (MPF), os procuradores Eunice Dantas, Rômulo Almeida e ao juiz eleitoral Fernando Escrivaniu, ele garantiu que “apenas fez um favor a Nollet Feitosa, apontado como operador do esquema de supostas irregularidades, ligado à Amanova, endossando um cheque e que só teria ficado sabendo que o cheque era referente à subvenção, quando foi citado”.
A segunda testemunha a prestar depoimento foi a tesoureira da Associação de Moradores de Malhador, Ana Paula Menezes. A entidade recebeu R$ 85 mil por indicação do deputado Venâncio Fonseca (PP). Ela explicou que o dinheiro foi gasto com a compra de cestas básicas, combustível e realização de eventos.
João Bosco era assessor de Zeca |
O terceiro depoimento foi do empresário Dielson Tadeu Leite, chefe de gabinete do então deputado Zeca da Silva (PSC). Ao confirmar o recebimento de cheques de R$ 12 mil, explicou que o pagamento foi “pela locação de trio elétrico para eventos realizados a Associação D. Caçula, fundada pela família do então deputado, que guarda o trio na garagem da Bomfim Cargas [administrada por Zeca] e que o ex-parlamentar fez campanha para o senador Eduardo morim (PSC) e não para deputados”.
O tio de Zeca, Laelson Menezes que é ex-prefeito de Riachão do Dantas disse ter sido presidente da Associação D. Caçula [que recebeu R$ 350 mil em verbas de subvenção ano passado] até 2010 e que “compareceu apenas para atender o chamamento da justiça, mas que não tem nada a ver mais com a entidade”.
Wendel Martins garante que só endossou o cheque |
O último depoimento foi do assessor de Zeca da Silva, João Bosco de Brito. Ele aparece nas investigações por conta de dois cheques nominais descontados, no valor de pouco mais de R$ 11 mil. Disse que a ligação com a associação foi no sentido de prestar serviços ao contador e que o dinheiro foi utilizado no pagamento de contas.
O advogado de defesa, Márcio Conrado destacou que “as pessoas que aqui contribuíram para o processo afirmaram todo o destino das verbas recebidas por essa associação no ano de 2014. Não há nenhum vínculo dessa verba com campanha eleitoral. O deputado Zeca da Silva sequer levou a candidatura dele à frente, então qual é o benefício que essa associação teria para uma campanha que não existiu?”.
Ana Paula diz ter gasto verba com cestas básicas, energia e eventos |
A testemunha Ângelo Leonardo Martins também ligado à Amanova, não compareceu à audiência.
Por Aldaci de Souza
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